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Ato contra sofrimento dos bancários do Santander

Linha fina
Funcionários de call center são impedidos de ir ao banheiro e têm direito a pausa sempre desrespeitado
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São Paulo – Uma dançarina espanhola “apertada”, impedida de ir ao banheiro pelo Satã-der – personagem criado para retratar o banco Santander. Foi por meio dessa representação lúdica que o Sindicato mostrou aos funcionários e à direção do banco espanhol a situação que os funcionário de call center são obrigados a suportar, com suas idas ao banheiro controladas pela supervisão.

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As manifestações ocorreram nesta quinta-feira 18, em frente às concentrações SP 1 e SP 2 – call centers do banco –, e fizeram parte do Dia Nacional de Mobilização da CUT, contra o Projeto de Lei 4.330/04, de autoria do deputado Sandro Mabel, que afrouxa as regras para a contratação de terceirizados.

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Foram ainda distribuídas fraldas e disponibilizados penicos e banheiros químicos aos como forma de escancarar esse desrespeito do banco com os funcionários, e que pode inclusive acarretar em sérios problemas de saúde. “Se o trabalhador não pode ir ao banheiro, o banheiro vai ao trabalhador”, gritavam os manifestantes.

Mais sofrimento – Mas as agruras dos funcionários vão além da ida do banheiro controlada. Eles ainda têm de lidar diariamente com a pressão pelo cumprimento de metas excessivas e com o desrespeito à pausa de 10 minutos.

A diretora do sindicato Carmen Meirelles conta que essas denúncias já foram levadas à direção do banco várias vezes. “Nós já estamos negociando sobre esses problemas há mais de um ano, e em todas as reuniões o banco negou as denúncias e afirmou que a política de controle de ida ao banheiro não existe nos call centers”, diz Carmen.

O diretor do sindicato Marcelo Gonçalves completa: “Basta olhar para a escala de trabalho dos funcionários para constatar que todas as denúncias procedem”.

Reunião – Carmen ressalta que na sexta feira 19 haverá uma reunião com a direção do banco para tratar novamente dessas denúncias. “É inaceitável e inconcebível que esse tipo de postura do banco espanhol com os trabalhadores brasileiros ocorra em pleno século 21. Os trabalhadores exigem uma solução por parte do banco”, ressalta a diretora do Sindicato.

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O Sindicato orienta os funcionários das concentrações Braulio Gomes, SP 1 e SP 2 que relatem os abusos sofridos no local de trabalho por meio do canal de denúncia de conflito (contra o assédio moral), no site do Sindicato (clique aqui).

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Rodolfo Wrolli - 18/4/2013

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