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Bancários denunciam assédio moral na PSO

Linha fina
Caixas executivos estão sendo ameaçados com avaliações negativas por não realizarem cursos para os quais não têm tempo disponível
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São Paulo – Os caixas executivos da Plataforma de Suporte Operacional Centro-Sul do BB estão sendo ameaçados com avaliações de desempenho negativas por não terem realizados cursos autoinstrucionais previstos nas metas do acordo de trabalho. O problema é que, com a falta de funcionários e o rodízio permanente dos caixas de uma agência para outra, os bancários da PSO não têm condições de atender os clientes e ainda realizar os cursos obrigatórios, que acabam sendo fraudados pela unidade para não prejudicar o acordo de trabalho. O Sindicato apurou que a ordem partiu do gerente de segmento da PSO Centro Sul.

“Vamos buscar a Genop, setor que administra as PSO's, para negociar condições para os funcionários realizarem os cursos sem ameaças e sem fraudes. Mas a solução passa por compromisso do banco em dar condições de atendimento e trabalho. E para isso a diretoria do BB tem de querer negociar, o que não temos visto até agora por essa gestão assediadora e de práticas antissindicais”, diz Érico Brito, diretor do Sindicato.

As denúncias dos funcionários ao Sindicato apontam que há um ranking de cumprimento de metas de cursos que é distribuído a todos, expondo os gerentes de segmento de cada unidade, pois são responsáveis pelos caixas. “Mas esses gerentes não têm condições de administrar a falta brutal de mão de obra”, acrescenta Érico.

Outro problema denunciado pelos funcionários é o controle de tempo de atendimento no caixa, que o banco cobra que seja de até dois minutos. “O banco controla o número de autenticações, de durações de atendimento, de senhas emitidas e desistências, mas não está dando atenção às reclamações de gerentes e caixas que estão sobrecarregados. Queremos discutir esses dados detalhadamente e propor mudanças”, ressalta o dirigente.

O Sindicato obteve ainda documentos que comprovam que o gerente de segmento do PSO Centro-Oeste ameaça funcionários com demissão por justa causa com base na Instrução Normativa 383, criando pânico entre todos os funcionários e prejudicando o clima organizacional, quando deveria ser educativo.

O administrador ainda mantém um ranking nominal de utilização de folgas que constrange os trabalhadores, seguindo a orientação da Diretoria de Gestão de Pessoas que deu ordem para os funcionários utilizarem suas folgas sem qualquer negociação, inclusive as folgas eleitorais, fato que já foi denunciado pelo Sindicato ao Tribunal Regional Eleitoral.

Os problemas nas PSO's são tantos que o Sindicato realizou paralisação de quatro agências da PSO Sul, onde o gerente-geral também foi denunciado por prática de assédio moral pelos motivos que afetam também os trabalhadores da PSO Centro-Sul.

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“A alternativa para os funcionários é a união contra o desrespeito e a participação no dia nacional de luta, marcado para 30 de abril, quando vamos paralisar 24 horas para sermos respeitados e o banco negociar”, finaliza o dirigente sindical.


Redação - 10/4/2013

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