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Bancos continuam os campeões da Bolsa

Linha fina
Levantamento da Economatica mostra que, apesar da queda geral nas ações das empresas brasileiras, instituições financeiras lucraram R$ 45,7 bi
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São Paulo – O setor bancário continua sendo o que mais lucra na Bolsa de Valores. Segundo levantamento da consultoria Economatica, as empresas brasileiras no geral tiveram lucro menor em 2012, na comparação com 2011 – e isso inclui as instituições financeiras. Apesar disso, os bancos ainda lideram o ranking de ganhos.

O estudo aponta que o lucro das 235 empresas brasileiras com ações na Bolsa teve queda de 33,29% em 2012. A soma dos lucros foi de R$ 128,4 bilhões contra R$ 192,5 bi em 2011. Mas a queda no setor bancário foi bem menor: 8,76%, e a soma dos lucros das instituições financeiras na bolsa chegou a R$ 45,7 bi em 2012. E esse resultado nem leva em conta Caixa Federal e HSBC, que também tiveram crescimento no lucro, mas que não têm ações na Bolsa.

Lucros recordes – O levantamento da Economatica destaca ainda que Banco do Brasil e Bradesco registraram lucros recordes em 2012. O do BB alcançou R$ 12,2 bi (alta de 0,7% em relação a 2011), o maior de sua história. A instituição pública atribui o resultado à ampliação da carteira de crédito, após a diminuição das taxas de juros, estratégia que se iniciou em abril do ano passado.

Já o lucro do Bradesco chegou a R$ 11,381 bi, alta de 3,2% na comparação com 2011. E as perspectivas do banco para 2013 são de aumentar de 13% para 17% sua carteira de crédito, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

O Itaú, lembra a Economatica, registrou queda de 7% no resultado de 2012, na comparação com 2011. Ainda assim, foi o segundo maior da história do setor no país (R$ 13,594 bi), atrás apenas do próprio resultado de 2011 (R$ 14,621 bi).

“Os dados desse estudo só reforçam o que temos defendido sempre: que o setor bancário no país continua indo muito bem e tem todas as condições de ganhar mais com a ampliação do crédito. O Brasil hoje é um país com margem grande para a bancarização. E com a maior distribuição de renda, altos índices de emprego e a valorização constante do salário mínimo, cresceu muito a capacidade da população de tomar empréstimos. Cabe aos bancos baixarem suas taxas de juros e tarifas, além de contratar mais bancários para atender bem a essa demanda”, avalia a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.


Redação - 2/4/2013

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