São Paulo – Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados na quarta 17, revelam que em março de 2013 os bancos geraram apenas 68 postos de trabalho formais, ou pífios 0,06% do total de 112.450 vagas com carteira assinada abertos em todo o país.
Os lucros, por outro lado, seguem nas alturas. No ano passado, as seis maiores instituições do país abarrotaram seus cofres com mais de R$ 50,799 bilhões. Só com o que receberam com tarifas, todos eles conseguem pagar a folha de pagamento completa e ainda sobra um “troco”, já que arrecadaram mais de R$ 85,250 bilhões com a receita de prestação de serviços e tarifas. Com este valor daria para pagar toda a despesa com pessoal, e sobraria mais 30%.
A geração de emprego é baixa também no acumulado do ano (janeiro a março de 2013). O saldo do setor financeiro foi de 1.924 vagas formais criadas, variação de 0,29% com relação ao mesmo período do ano passado. Os postos de trabalho gerados no setor financeiro. correspondem a 1,13% do total do setor de serviços, no qual os bancos estão inseridos na pesquisa do Caged.
“Esse resultado foi ínfimo, sendo que o setor de serviços como um todo gerou 170.313 postos de trabalho desde janeiro”, explica a economista da subseção do Dieese no Sindicato, Catia Uehara.
Com relação ao total de postos de trabalho abertos no Brasil de janeiro a março, os bancos respondem por apenas 0,62%.
Últimos 12 meses – No acumulado dos 12 meses anteriores, o setor financeiro abriu 9.315 postos de trabalho, variação de 1,41%. Esse número corresponde a apenas 1,7% do total gerado no setor de serviço e 0,8% no Brasil inteiro.
Rodolfo Wrolli – 19/4/2013
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Apesar de lucros na casa dos bilhões, instituições financeiras abriram apenas 0,06% do total criado no país
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