São Paulo - Os recorrentes reajustes acima da inflação aplicados no Plano Cabesp Família, que não possui uma fiscalização da Agência Nacional de Saúde (ANS) por ser de autogestão, está tirando - ironicamente - a saúde de seus usuários.
A história vem se repetindo ao longo dos últimos anos: em 2012, o aumento foi de 22,01% e provocou a evasão de inúmeras pessoas, conforme noticiou a Afubesp com a publicação de cartas de associados enviadas à entidade na época. Em 2013, o índice foi de 11% e também causou revolta nos usuários, tornando a situação cada vez mais insustentável. Agora, em 2014, a Cabesp anuncia o maior reajuste dos últimos tempos: 30,44%, um índice que irá elevar as mensalidades a níveis impraticáveis.
Com os aumentos aplicados apenas nos últimos três anos, o valor a ser pago mensalmente a partir de 1º maio teve um crescimento perto dos 77%, levando em consideração o efeito cascata.
De acordo com o cálculo da Subseção do Dieese da Contraf-CUT, uma pessoa com mais de 60 anos, que tenha feito sua adesão ao Cabesp Família até 31/12/2003, vai passar a pagar R$ 1.648,37, caso tenha optado por acomodação individual, ou R$ 1.360,67 se escolheu por quarto coletivo. Quem consegue arcar com tal despesa???
Petição online - Uma petição online está disponível na internet reivindicando a redução do índice de aumento do plano (clique aqui). Mais de 1,2 mil pessoas já haviam assinado o documento, a ser enviado para a Cabesp, até o início da tarde da sexta 11.
A Afubesp informa que estuda medidas para defender os direitos dos usuários do Cabesp Família e orienta os colegas a assinarem a petição online que reivindica a redução do índice do aumento.
Contraf-CUT, com indormações da Afubesp - 14/4/2014