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Dia do Trabalhador contra o PL da Terceirização

Linha fina
Estão mexendo com seus direitos e você pode ser o terceirizado de amanhã; por isso, vá para o Vale do Anhangabaú protestar contra o 4.330, as MPs 664 e 665, em defesa da democracia e por uma reforma política que altere o sistema eleitoral brasileiro, refém do empresariado
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São Paulo - Que tal chamar os amigos e a família para um feriado diferente neste 1º de Maio? Afinal, o ano não está para brincadeira. São muitas as investidas contra os direitos dos trabalhadores – ou seja, os seus – e mobilização é a única saída.

“Estamos convocando todos os bancários a participar desse Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú e engrossar a luta. Temos de dar um claro recado ao governo, aos parlamentares e ao empresariado: não mexam com nossos direitos”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva.

Razão não falta para protestar. O PL da Terceirização passou pela Câmara dos Deputados a todo vapor e está no Senado para votação. O presidente da Casa, Renan Calheiros comprometeu-se com as centrais sindicais a promover uma tramitação mais “criteriosa”, mas os trabalhadores não podem deixar de pressionar.

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“Se o PL 4330 for aprovado, as empresas poderão terceirizar qualquer atividade, qualquer setor. Os empresários estarão livres para economizar à custa dos salários e das condições de trabalho. Se nos bancos já há tanta atividade terceirizada, imagina o que vai acontecer se esse projeto passar. Até gerente vai ter de abrir firma pra trabalhar. Ou seja, você pode ser o terceirizado de amanhã”, alerta Ivone.

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O ato na sexta-feira 1º de maio também será contra as medidas provisórias 664 e 665 – que retiram direitos da classe trabalhadora –, em defesa da democracia, da Petrobras como empresa pública, e por uma reforma política que acabe com o financiamento das campanhas eleitorais por empresas, fonte da corrupção que assola o país há décadas.

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“Este 1º de Maio será um marco da luta e da resistência dos trabalhadores para fazer o enfrentamento nas ruas, numa batalha para não acabar com a carteira assinada”, ressalta o presidente da CUT, Vagner Freitas, central que ao lado de outras entidades sindicais, movimentos social e estudantil, promovem o ato de sexta no centro de São Paulo.

Então, se quer manter seus direitos – conquistados em anos de muita luta –, faça do Dia do Trabalhador um feriado mais que especial. “Levante sua voz na defesa do seu emprego e da sua qualidade de vida”, reforça a secretária-geral do Sindicato.


Cláudia Motta - 30/4/2015
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