São Paulo – A sexta-feira 24 foi de ato contra o PL da Terceirização, em Barueri. No centro da cidade o Sindicato alertou durante toda a manhã sobre os riscos do projeto de lei 4330/2004 que autoriza as empresas a terceirizar todos os seus setores, até a atividade-fim.
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O PL foi aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira 22 e agora segue para votação no Senado. O Sindicato está denunciando a toda sociedade os parlamentares que querem rasgar a CLT e retirar direitos dos trabalhadores. “A recepção foi muito boa, muita gente veio nos perguntar do que se trata o projeto, principalmente os jovens”, contou Alexandre Bertazzo, diretor do Sindicato. Segundo ele, muitos adolescentes perguntavam como a terceirização poderia prejudicá-los quando entrarem no mercado de trabalho.
“Explicamos que o PL 4330 também poderá prejudicar o emprego dos seus pais e familiares, já que poderão ser demitidos e substituídos por terceirizados”, ressaltou.
Outra dúvida frequente foi sobre quem se beneficia com a terceirização irrestrita, interesse dos empresários que poderão cortar gastos e não ter mais de contratar funcionários diretos. O que implicará em mais desrespeito das leis trabalhistas.
O PL 4330 defende isonomia apenas no direito de terceirizados usarem os mesmos banheiros, refeitórios, ambulatórios e creches da empresa contratante. O projeto também permite que a prestadora de serviços contrate outra empresa para tal. Isso se chama quarteirização e apresenta ainda mais riscos aos direitos dos trabalhadores. E com salários baixos, alta rotatividade, jornada extensa e pouco treinamento entre os empregados, os serviços prestados pelas terceirizadas em geral são de baixa qualidade. Com isso perdem também os consumidores.
Reduto de um dos deputados que votaram a favor do projeto (Bruna Furlan, do PSDB/SP) alguns moradores da cidade pediram exemplares do Jornal do Cliente para distribuir para amigos e família.
Luana Arrais – 24/04/2015
