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Bancários do Barclays exigem respeito

Linha fina
Diante do encerramento das operações no Brasil, após cobrança do Sindicato, banco se comprometeu com extensão do VA e previdência privada
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São Paulo - Desde que soube que o Barclays iria encerrar as operações no Brasil, o  Sindicato atua na defesa dos bancários. Em reunião realizada na terça-feira 26, o banco se comprometeu com parte das reivindicações dos trabalhadores e ficou de analisar pontos não contemplados.

“O Barclays vai fechar por uma questão estratégica e não de resultado. O Sindicato, no primeiro momento, se reuniu com os trabalhadores para entender suas necessidades e reinvindicações. Posteriormente, após cobrança, conseguimos a reunião com o banco. Nela exigimos que o Barclays valorize os empregados, que garantiram lucro em 2015”, relata o diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Carlos Damarindo.

Previdência e assistência médica - Os representantes da instituição concordaram em liberar a integralidade da previdência privada dos trabalhadores que ainda serão desligados. Para os já demitidos desde janeiro, o banco afirma que a legislação vigente não permite esta operação. Já sobre a assistência médica, o Barclays não fez proposta para prorrogação além da CCT (2 a 9 meses, conforme tempo de casa), alegando problemas junto à empresa prestadora do serviço.

VA - Sobre o vale-alimentação, o banco aceitou pagar o valor de seis meses, cerca de R$ 3,2 mil, em parcela única, para todos os demitidos desde janeiro.

Indenização e PLR – Os representantes do Barclays concordaram ainda em pagar aos demitidos uma indenização de até 3 salários. Sobre a PLR, caso tenha lucro em 2016, se comprometeu a pagar de forma proporcional para os trabalhadores desligados até o fechamento da Campanha Nacional 2016/2017 da categoria.

“É preciso transparência. Os bancários tem de conhecer o cronograma de demissões para que se prepararem, buscarem novas oportunidades. Para isso, cobramos que o pacote de propostas seja revisto, pois está muito aquém das expectativas, e que o trabalhador que pediu demissão, diante da chance de uma realocação, também seja contemplado. Entretanto, não cobramos só dinheiro no bolso do trabalhador, mas sim o reconhecimento da instituição para que eles tenham a tranquilidade necessária nesta nova fase”, conclui Damarindo.

Por fim, o banco se comprometeu em analisar todos os pontos ainda pendentes para que sejam apresentadas novas propostas em reunião agendada para o início de maio.


Felipe Rousselet – 26/4/2016
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