São Paulo – Os gerentes do Bradesco precisam, cada vez mais, se desdobrar em dois ou três para dar conta das funções que acumulam na instituição. A mais nova tarefa repassada pelo banco para estes profissionais é a venda de planos de previdência, anteriormente executada por corretores.
“Os gerentes, que já tinham herdado dos corretores a venda de consórcios, agora também vendem, negociam e operacionalizam os planos de previdência. O resultado do acúmulo de funções é uma enorme sobrecarga de trabalho, maior pressão para o cumprimento de metas e aumento do assédio moral”, critica o dirigente do Sindicato e bancário do Bradesco Marcos Amaral, o Marquinhos.
De acordo com o dirigente, além do acúmulo de funções e a consequente sobrecarga a que estão submetidos, os gerentes não são remunerados pela venda dos planos de previdência, ao contrário do que acontecia com os corretores, que recebiam comissões.
“O banco fez o que fez e sequer teve a decência de ajustar a meta nesse período de adaptação. Já faltam bancários nas agencias, as metas já estão nas alturas e os gerentes de contas acumularam mais essa função. O Bradesco, de maneira insensível, continua cobrando a produção como se nada tivesse acontecido. Cobramos da direção que tenha mais respeito com estes profissionais e que, ao menos, os remunere de forma justa pela nova atribuição”, conclui Marquinhos.