São Paulo – Já imaginou trabalhar no meio de uma obra, com barulho alto, poeira e entulhos ao seu redor? Os bancários do Itaú lotados no Centro Administrativo (CA) da Zona Leste, na Penha, estão vivendo essa realidade já há uma semana. Após denúncias, o Sindicato visitou a unidade e interrompeu a obra que vinha tornando um inferno o cotidiano dos trabalhadores.
O transtorno teve início na segunda-feira 10, quando obras de reforma no andar térreo do prédio começaram a atrapalhar quem trabalha no setor administrativo do CA. Além do barulho de paredes sendo derrubadas e de piso sendo quebrado, as mesas e cadeiras ficam cobertas de poeira e o local está cheio de entulhos.
“Além do incômodo óbvio do barulho e da movimentação de pessoal da obra, os bancários ainda são expostos a problemas respiratórios causados pela inalação de poeira. Não havia condições de trabalho no local”, afirma o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho, que visitou o prédio na manhã da quinta-feira 13.
Constatados os problemas, o dirigente interrompeu a obra imediatamente, por conta do risco a que estavam expostos os funcionários do banco. E comunicou aos gestores do setor que a reforma não poderia continuar durante o expediente, mas só após as 18h.
“O banco informou que conversou com os trabalhadores antes de iniciar a obra e nenhum deles pareceu se opor, como se eles realmente tivessem escolhas. Os trabalhadores são subordinados aos gestores, não podem bater de frente sem risco de punição”, critica Serginho.
O setor de Relações Sindicais do Itaú acatou a determinação do Sindicato e garantiu que o local será limpo e que as obras só continuarão depois do expediente dos trabalhadores.