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Desagrado Geral

Protesto contra Doria e Covas une trabalhadores e empresários de São Paulo

Linha fina
Enchentes em março prejudicaram fábricas, comércios e serviços em bairros da capital. Com grande parte das atividades ainda não retomada, manifestantes temem desemprego
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Foto: FERNANDA CRUZ/EBC

Em manifestação realizada na manhã da quinta-feira 11, empresários, comerciantes, prestadores de serviços, trabalhadores e moradores da região da Mooca (zona leste) e Ipiranga (sul), na capital paulista, cobraram obras de melhorias urbana por parte do governador João Doria e do prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB.

A reportagem é da Rede Brasil Atual.

Em 10 e 11 de março, a região – uma das dezenas que foram atingidas pelas  chuvas que caíram sobre a capital paulista naqueles dias – registrou diversos pontos de alagamento, prejudicando fábricas, serviços e lojas, depois que o rio Tamanduateí transbordou, devido sobretudo à falta de manutenção das bocas de lobo e da ausência de políticas de infraestrutura. Reportagem da RBA, à época, indicou que a gestão Doria e Covas, à frente da administração municipal, usaram um terço das verba de combate a enchentes em 2017 e 2018. 

"As empresas foram afetadas em um volume catastrófico, que nós calculamos, a partir do que os empresários levantaram, em torno de RS 1 bilhão de prejuízo", afirmou João Neto, que falou em nome dos empresários. "Os governos estadual e municipal não nos ofereceram ajuda e nem mandaram representantes, então nós fizemos essa manifestação para manutenção dos postos de trabalho", completou.

Segundo estimativa dos organizadores, quase 5 mil pessoas compareceram ao ato seguido de passeata, que teve início às 6h e término por volta das 9h, com percurso iniciado na avenida Henry Ford e encerrado na avenida Capitão Pacheco Chaves, percorrido sem tumultos.

Os manifestantes temem que com a falta de auxílio, o processo de desindustrialização e desemprego seja acelerado na região. De acordo com o representante dos empresários, em decorrência dos prejuízos das enchentes, um mês após a tragédia, há empresas que ainda não retomaram nem 70% das atividades.

"Nós estamos vivendo o caos no Brasil", disse o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, que cobrou amparo do poder público aos setores atingidos. "Não há uma política de incentivo às empresas de pequeno e médio porte, uma política industrial, de proteção. Então nós estamos 'largados' por partes do governo municipal, estadual e federal."

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