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Chapéu
6º Congresso da Contraf-CUT

Ivone Silva: trabalhador precisa voltar a ser reconhecido no governo

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Ivone Silva, presidenta dos Sindicato dos Bancários, fala na abertura solene do 6º Congresso da Contraf-CUT

A presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, participou da abertura solene do 6º Congresso da Contraf-CUT.

Ivone fez a sua saudação aos delegados e delegadas presentes no Congresso, presencialmente e de forma virtual, após a fala de abertura da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. Além de citar os desafios que serão enfrentados pela categoria bancária no próximo período, Ivone destacou que o trabalhador precisa voltar a fazer parte do governo.

No início da sua fala, Ivone destacou as diferenças entre os cenário do último congresso da Contraf-CUT, realizado em 2018, e o que ocorre agora.

“Hoje, para mim, é um dia muito feliz. Depois de quatro anos, voltar aqui com um quadro totalmente diferente do que foi o nosso último Congresso. Que foi um Congresso muito triste para nós, em um momento em que víamos uma destruição da classe trabalhadora. A destruição de um projeto (…) E, hoje, estamos aqui em outro momento. Temos a chance da retomada, do país ser feliz. E mais do que isso. Um momento em que a próxima gestão da Contraf-CUT, que será eleita no domingo, vai ter o desafio de reconstrução do país com a luta pela mudança na reforma trabalhista e de várias outras leis que vamos ter de brigar muito no Congresso. E, lembrar também que os bancários, o seu formato de organização, é único no país, no mundo, e isso é muito importante para nós e para todos os outros trabalhadores”

Ivone Silva

Ivone lembrou que durante a gestão atual da Contraf-CUT, que será renovada no próximo domingo, os bancários enfrentaram grandes desafios e tiveram sucesso.

“Lembrando que nesta última gestão da Contraf-CUT nós passamos por duas renovações de acordo e que, em 2018, subvertemos a ordem e conseguimos na nossa Convenção Coletiva de Trabalho modificar pontos da reforma trabalhista ou implementá-los de uma forma diferente. Uma dela é a contribuição negocial, outra foi continuar com a nossa unidade e nossa negociação de bancos públicos e privados. Isso poucos trabalhadores conseguiram no país. Em 2020, a gente conseguiu também algo inédito. Fazer a nossa Campanha Nacional durante uma pandemia, em que a maioria dos trabalhadores estava em casa, e que nós conseguimos fazer o uso da tecnologia para a organização dos trabalhadores”, recordou.

Para a presidenta do Sindicato, o 6º Congresso da Contraf-CUT é uma grande oportunidade de fortalecer ainda mais a organização da categoria bancária para os desafios que se avizinham.

“Temos a grande chance, neste Congresso, no qual vamos discutir vários assuntos, de fazer a nossa organização para termos uma ótima Campanha Nacional e também de ganharmos o governo, com participação no governo. O trabalhador ser reconhecido no governo, e não ser expulso e esculachado como é por este governo atual. No popular, o que o governo faz com a classe trabalhadora é um esculacho”, destacou Ivone.

Por fim, Ivone fez uma saudação especial ao ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, João Vaccari Neto.

“Um bom congresso a todos nós, e eu fico muito feliz de ver neste plenário João Vaccari Neto, que no nosso congresso anterior estava injustamente preso e que hoje provou que todas as acusações contra ele eram mentiras. Ele que foi ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e, antes disso, ajudou muito na construção da antiga CNB, que precedeu a Contraf-CUT”, concluiu a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva.

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