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Previ: Entenda os interesses em torno do fundo de pensão. E a importância de defendê-lo

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Imagem de um homem, reflexivo, apontando para o logotipo da Previ

A Previ tem se consolidado, ao longo de sua história, como referência em gestão responsável, transparente e comprometida com o futuro dos trabalhadores do Banco do Brasil. Mesmo diante de pressões externas, tentativas de desestabilização e narrativas distorcidas, a Previ manteve sua solidez. A atuação de João Fukunaga à frente da entidade tem sido marcada por diálogo, transparência e resistência a qualquer forma de captura ou interferência indevida. É justamente por representar uma gestão comprometida com os trabalhadores que Fukunaga se tornou alvo de ataques midiáticos e políticos.

A Previ segue como uma das instituições mais bem estruturadas do sistema de previdência complementar brasileiro. Possui governança reconhecida, mecanismos de controle rigorosos, e um corpo técnico qualificado. E sob esta gestão, reafirma seu papel histórico: ser um instrumento coletivo de proteção, autonomia e dignidade para os trabalhadores.

Defender a Previ, hoje, é defender a autonomia dos fundos de pensão, a soberania dos trabalhadores sobre seu futuro e o direito à aposentadoria segura. É também reconhecer que, quando uma gestão se compromete verdadeiramente com seus participantes, ela inevitavelmente incomoda — mas permanece firme, ética e de cabeça erguida.

Não se deixe enganar por informações distorcidas. É preciso cautela diante de vazamentos seletivos e do uso político de dados que podem comprometer a verdade sobre a Previ e sua gestão. Transparência se faz com responsabilidade.

Você sabe realmente o que está acontecendo na PREVI?

Qual a decisão do TCU a respeito da indicação de João Fukunaga à frente da Previ, em 2024?

O presidente da Previ, João Fukunaga, assumiu o cargo em fevereiro de 2023, após sua indicação pelo Banco do Brasil. Em março de do mesmo ano, a Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (FAABB) enviou uma representação ao Banco do Brasil cobrando explicações sobre os critérios para a nomeação de Fukunaga.

Em agosto de 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que a indicação do presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI), João Luiz Fukunaga, obedeceu às regras da instituição.

"A despeito do comprovado açodamento das medidas relacionadas à indicação e nomeação do atual Presidente da PREVI, Sr. João Luiz Fukunaga, não foi possível comprovar que os requisitos exigidos para a nomeação não tenham sido minimamente respeitados", declarou o relator do processo, ministro Walton Alencar.

De acordo com o TCU e, amplamente noticiado pela imprensa, houve um déficit contábil na Previ de R$ 14 bilhões em 2024. Essa informação está correta?

O valor de R$ 14 bilhões citado pelo TCU como déficit refere-se a um recorte pontual — de janeiro a novembro de 2024 — marcado por forte volatilidade nos mercados financeiros globais. Trata-se de um período atípico e desafiador, que afetou diretamente o desempenho de grandes investidores institucionais, incluindo a Previ. Ainda assim, mesmo nesse cenário adverso, os investimentos do Plano 1 apresentaram resultado positivo.

Segundo o último resultado divulgado, com dados acumulados até novembro, o Plano 1 encerrou o período com superávit de R$ 528 milhões. Isso demonstra a resiliência da carteira e a consistência da estratégia de longo prazo adotada pelo fundo.

É importante destacar que, em 2023, o Plano 1 havia registrado um superávit expressivo de R$ 14,5 bilhões. Parte desse excedente foi naturalmente absorvida pelas oscilações de 2024, mas o plano permaneceu superavitário, encerrando o período com um patrimônio de R$ 243 bilhões. Esse montante é plenamente suficiente para garantir o pagamento de todos os benefícios até o ano de 2100 — data estimada para o encerramento do plano.

O que aconteceu, desde agosto, durante a gestão de Fukunaga a frente da Previ?

Desde agosto de 2024, João Luiz Fukunaga, presidente da Previ, tornou-se alvo de uma sequência coordenada de matérias sensacionalistas, denúncias vazias e tentativas claras de desgaste público. O que começou com insinuações pouco fundamentadas na imprensa foi ganhando contornos de narrativa construída, em que elementos técnicos foram distorcidos ou descontextualizados para alimentar manchetes de impacto.

Mesmo diante da inexistência de irregularidades graves apontadas pelos próprios relatórios técnicos do TCU, Fukunaga passou a ser alvo de acusações cada vez mais difusas, que não se sustentam quando confrontadas com dados e fatos concretos. O ponto de virada foi o uso de sua presença em eventos internacionais e conselhos de administração como a Vale — algo historicamente praticado pela Previ e por outros fundos de pensão — como se fossem indícios de má conduta.

Essa escalada culminou até mesmo em convite para prestar esclarecimentos em Comissões da Câmara e do Senado, reforçando o caráter político do cerco montado em torno de sua gestão. A tentativa de transformar uma liderança técnica em alvo de disputa institucional revela um esforço para desestabilizar a Previ e abrir espaço para agendas que não representam os interesses dos participantes do fundo.

Por que a fiscalização pelo TCU se a Previ é fortemente fiscalizada e regulada, por órgão internos e externos de controle?

A Previ é uma entidade com sólida governança e submetida a rigorosa fiscalização por instâncias internas e externas, incluindo órgãos como a Previc, CVM e o Banco Central. Por isso, diversas entidades manifestaram-se contrárias à auditoria emergencial determinada pelo TCU.

A Anapar repudiou a decisão, argumentando que o TCU extrapola sua competência ao intervir diretamente em fundos de previdência complementar privada, cuja fiscalização cabe legalmente à Previc. Segundo a entidade, a Previ é financeiramente saudável e suas obrigações continuam sendo cumpridas sem necessidade de vender ativos, mesmo em um ano desafiador como o de 2024. A entidade criticou a confusão entre “déficit” e “prejuízo”, destacando que o resultado negativo apontado é conjuntural e não reflete má gestão.

Já a Abrapp manifestou preocupação com a interpretação isolada de um recorte de tempo específico, o que pode gerar percepções equivocadas sobre a governança dos fundos. Reforçou que o sistema é seguro, bem regulamentado e estruturado para resultados no longo prazo, com histórico de rentabilidade acima das exigências atuariais e capacidade comprovada de pagamento dos benefícios.

Ambas as entidades alertaram que o uso de dados descontextualizados compromete a segurança jurídica do setor, podendo gerar instabilidade desnecessária em um sistema que administra mais de R$ 1,3 trilhão e beneficia milhões de participantes com pontualidade e responsabilidade.

Em abril de 2025, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu instaurar uma auditoria na Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com base em um voto controverso do ministro relator Walton Alencar. O que de fato aconteceu?

A decisão foi proferida mesmo diante de um relatório técnico elaborado pela unidade AudBancos do próprio TCU, que, após o Levantamento de Informações realizado, não identificou qualquer irregularidade de natureza grave.

Embora o documento tenha sido colocado sob sigilo por determinação do ministro Alencar, trechos do conteúdo técnico passaram a circular na imprensa antes mesmo da sessão plenária. Reportagens publicadas na véspera trouxeram informações seletivas, antecipando partes do relatório sem que a defesa tivesse tido acesso formal ao material completo.

De que forma o vazamento de informações do parecer técnico do TCU, em relação a Previ, compromete a investigação?

A antecipação de dados à imprensa, antes da formalização no processo, remete ao modelo de judicialização midiática que marcou aquele período, em que o espetáculo muitas vezes se sobrepôs ao rigor jurídico. Esse tipo de condução mina a credibilidade da investigação e reforça a narrativa de perseguição seletiva, afastando o foco da apuração técnica para a construção de narrativas públicas.

Apesar de os auditores do TCU terem recomendado apenas o aprimoramento da transparência nos investimentos previstos para 2024, Alencar, o ministro responsável optou por levantar suspeitas sobre a governança da entidade. Foi além das conclusões técnicas ao sugerir o envolvimento da Polícia Federal e do Ministério Público, além de solicitar o envio de cópias do processo ao Congresso Nacional — o que conferiu ao caso um viés político e midiático, distanciando-o da análise técnica inicialmente proposta.

O que evidencia que é uma perseguição política a gestão da Previ?

Em sua manifestação, o ministro Alencar levantou dúvidas quanto ao cumprimento, por parte da PREVI, de sua Política de Investimentos — ainda que o relatório técnico, em diversos trechos, confirme a aderência da entidade às diretrizes estabelecidas. Ele também afirmou que teria havido aumento da participação da PREVI em empresas como Petrobras, BRF e Neoenergia, o que não se sustenta diante das informações públicas disponíveis e dos próprios dados da auditoria. No caso da BRF, por exemplo, houve redução na participação ao longo de 2024, contrariando a narrativa apresentada.

Quais os principais pontos deste relatório técnico do TCU, de acordo com a imprensa?

Um dos pontos a serem esclarecidos no relatório é a menção à presença de João Luiz Fukunaga, presidente da Previ, no Conselho de Administração da Vale, como possível indício de conflito ético.

Desde a década de 1990, a Previ mantém representação ativa em conselhos de administração e fiscal de diversas companhias, como parte de uma estratégia consolidada de defesa dos interesses de seus participantes e de fortalecimento das práticas de governança corporativa no país. Atualmente, a Previ ocupa 84 assentos em conselhos de diferentes empresas, o que reflete não apenas seu porte como investidor institucional, mas também seu compromisso com a gestão responsável e o acompanhamento estratégico de ativos relevantes para a sustentabilidade do plano de benefícios. A atuação de Fukunaga na Vale, portanto, está em plena consonância com essa tradição institucional, sendo respaldada por normativos internos, critérios técnicos e práticas reconhecidas no mercado. A insinuação de conflito ignora esse contexto histórico e contribui para distorcer uma prática legítima, amplamente aceita por órgãos reguladores e pela própria lógica de governança corporativa.

O ministro do TCU também chamou atenção para as viagens feitas por Fukunaga “em íntima confraternização com notórios negociantes do mercado”. Foram citadas idas ao Japão e a Portugal.

A crítica feita pelo ministro do TCU às viagens realizadas por João Luiz Fukunaga, presidente da Previ, necessitam de fundamentação técnica e ignora o caráter institucional dessas agendas. As viagens mencionadas, como as realizadas ao Japão e a Portugal, foram conduzidas no exercício regular de suas funções, em compromissos oficiais que visam o fortalecimento das relações institucionais, a busca por boas práticas de governança e o acompanhamento de investimentos relevantes para os interesses dos participantes do fundo.

As despesas e finalidades de todas as viagens seguem rigorosamente os normativos internos da PREVI, com prestação de contas transparente e respaldo jurídico. A presença de representantes da Previ em fóruns e encontros internacionais com agentes do mercado é prática recorrente e legítima entre fundos de pensão de grande porte, como forma de assegurar interlocução qualificada e posicionamento estratégico no cenário econômico global.

Por que não existe conflito de interesses envolvendo o presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, que ocupa cargo no conselho de administração da Vale?

A Previ é uma das maiores acionistas da Vale, e sua presença no conselho da mineradora é, na verdade, um instrumento legítimo de governança corporativa, adotado para defender os interesses dos seus associados e garantir uma atuação mais transparente, estratégica e alinhada com os princípios de responsabilidade fiduciária.

Fukunaga não representa interesses individuais ou externos à Previ; sua posição no conselho da Vale existe justamente para assegurar que as decisões da companhia levem em conta os impactos para os acionistas institucionais — como a própria Previ — e, por consequência, os aposentados e participantes que dela dependem.

Além disso, a legislação e as melhores práticas de mercado não apenas permitem, como incentivam, que grandes investidores institucionais participem de conselhos das empresas nas quais possuem participação relevante. Trata-se de um mecanismo de controle e influência responsável, que fortalece a governança e reduz assimetrias de informação.

Por fim, não há qualquer indício de benefício pessoal ou de favorecimento indevido na atuação de Fukunaga, tampouco sobreposição de interesses entre os dois papeis. O que existe é uma convergência estratégica: defender os interesses da Previ é também zelar por uma gestão eficiente e ética da Vale.

Por que o movimento sindical defende a Previ

O movimento sindical defende a PREVI porque ela representa a segurança e o futuro dos trabalhadores do Banco do Brasil. Atacar a PREVI é abrir caminho para fragilizar outros fundos de pensão, que garantem a aposentadoria de milhares de bancários. Por isso, a defesa da PREVI é também a defesa do patrimônio dos trabalhadores, da gestão responsável e da previdência complementar pública, sólida e comprometida para os trabalhadores.

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