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Cerca de 150 bancários participaram de protesto em frente à Bolsa de Valores de São Paulo, enquanto era realizado o leilão. Participaram da manifestação os trabalhadores metroviários que estão em campanha salarial.
O leilão também foi marcado pelo desrespeito à liberdade de imprensa. Os jornalistas e fotógrafos da Folha Bancária – jornal do Sindicato distribuído a cerca de 100 mil trabalhadores – foram impedidos de entrar no prédio da Bovespa sob a alegação que deveriam ter se credenciado uma semana antes. No entanto, diversos repórteres e fotógrafos de outros veículos de comunicação puderam cobrir o evento normalmente.
Foram leiloadas 10.200.000 ações da Nossa Caixa Seguros e Previdência sendo que 3.570.000 são ações ordinárias pertencentes ao Estado e 6.630.000 pertencentes à Nossa Caixa. De acordo com o edital de venda publicado em 4 de março deste ano, a justificativa para a venda enquadra-se nos objetivos fixados pela Lei Estadual nº 10.853 que prevêem “a reorganização societária da Nossa Caixa a fim de permitir a exploração e o desenvolvimento de atividades e serviços correlatos ao seu objeto social mediante a consecução de parcerias estratégicas com investidos privados”.
“As coincidências não param de surgir. O Grupo Mapfre, vencedor do leilão, é espanhol, mesma origem do Santader, que comprou o Banespa e acabou com a função social que o banco público tinha”, avalia o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Por isso, não vamos desistir. Vamos tentar todos os recursos jurídicos para barrar os efeitos desse leilão e manter o banco como patrimônio público que é.”