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Bancários participam de audiência pública sobre segurança, na Alesp

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A segurança bancária será tema de debate nesta sexta-feira, dia 19, a partir das 10h, em audiência pública que acontecerá no auditório Teotônio Vilela da Assembléia Legislativa de São Paulo. O encontro, organizado pelo deputado estadual Vanderlei Siraque (PT), pela federação dos bancários (Fetec-CUT/SP) e pelos sindicatos da categoria, vai exigir que a Secretaria de Segurança Pública divulgue os dados sobre assaltos a agências e seqüestros de bancários, que deixaram de ser informados desde o ano 2000.

“A segurança bancária é um tema fundamental que precisa ficar mais claro para a sociedade. Sem dados, fica mais difícil para os trabalhadores cobrarem atitude dos bancos. Enquanto isso, clientes e bancários correm risco de vida quando uma agência resolve, por exemplo, retirar a porta de segurança”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. O dirigente lembra que, com a lei municipal que determina a instalação de guarda-volumes em agências que têm porta de segurança, muitos bancos resolveram simplesmente tirar a porta, para resolver o problema.

Mau exemplo – A agência Nova Osasco do Unibanco, sofreu, em 45 dias, três assaltos, todos eles praticados pelos mesmos marginais, que sempre prometem voltar. Apesar de estar próxima de outras agências, somente a do Unibanco tem sido alvo de assaltos recentes: é a única sem porta de segurança, retirada há cerca de um ano.

“O que a direção do Unibanco fez demonstra descaso com a vida de funcionários e clientes”, critica o diretor do Sindicato Daniel Reis. “Por isso queremos debater a segurança bancária com os deputados e a população. Esse é um tema que interessa a todos.”

Além do Unibanco, outras instituições desrespeitam normas de segurança. De acordo com o diretor da Fetec-CUT/SP Gutemberg Oliveira, os bancos são freqüentemente autuados por burlar planos de segurança aprovados pela Polícia Federal que definem número de vigilantes, sistemas de alarme e de identificação do cliente. “O crescimento na quantidade de seqüestros de bancários e familiares justificaria, por si só, um debate maior sobre o tema por parte do poder público e atitudes mais significativas por parte dos bancos”, diz Gutemberg.
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