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Emenda 3: bancários atrasam abertura de agências, nesta quarta

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Trabalhadores do BB também param contra plano de reestruturação
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Emenda 3 - Os bancários irão atrasar a abertura de agências em uma região de grande concentração do sistema financeiro na cidade de São Paulo, nesta quarta-feira, dia 23, como parte da mobilização nacional dos trabalhares em favor da manutenção do veto presidencial à Emenda 3.

Essa é a terceira manifestação contra a emenda que pretende proibir fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de identificar empresas que mantêm relações de trabalho fraudulentas. Por meio da atuação dos fiscais é possível identificar trabalhadores contratados como pessoas jurídicas, mas que mantêm, na verdade, vínculo empregatício com a empresa.

Os bancários também participarão do ato, marcado para as 10h, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em frente à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Avenida Paulista.

“A cada dia fica mais claro a quem interessa a aplicação da Emenda 3. Os empresários, diante da resistência dos trabalhadores, resolveram mostrar as garras e estão tentando a todo custo derrubar o veto. Os trabalhadores respondem com mais mobilização para defender seus direitos”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“De um lado estão os trabalhadores que defendem o emprego com direitos garantidos, do outro, os empresários que buscam via afrouxamento da fiscalização, proposto pela Emenda 3, aumentar seus lucros por meio do barateamento da mão-de-obra, precarização do emprego e aumento das terceirizações”, ressaltou.
Bancários do BB realizam paralisação nacional contra pacote de reestruturação. Também está marcada, nesta quarta, audiência na Câmara

Banco do Brasil – No ato contra a Emenda 3, às 10h, em frente à Fisep, os bancários do BB irão protestar contra as terceirizações, que fazem parte das medidas do plano de reestruturação imposto pela instituição financeira. Também estão programadas paralisações em todo o país.

As atividades acontecem dois dias depois de o presidente do banco, Antônio Francisco de Lima Neto, apesar de reabrir negociações com trabalhadores, negar-se a suspender o pacote que prevê além das terceirizações, o fechamento de postos de trabalho, antecipação de aposentadoria e incentivo à adesão ao plano de demissão voluntária.

Audiência - Ainda nesta quarta, 23, será realizada uma audiência na Câmara dos Deputados para discutir e avaliar os reflexos deste plano de reestruturação aos trabalhadores e à população. Os autores do pedido foram os deputados Tarcísio Zimmermann (PT-SC), Daniel Almeida (PcdoB –BA) e Pompeu de Mattos (PDT-RS).
No sábado, dia 26, em Brasília, está programado encontro nacional aberto dos funcionários do Banco do Brasil. O encontro estava inicialmente previsto para domingo, dia 27.

Plano do BB - O plano de reestruturação do banco prevê, entre outras medidas, o fechamento de caixas nas agências, apesar de o próprio banco reconhecer que o atendimento será prejudicado. Os trabalhadores que não aderirem ao plano de demissão voluntária ou ao plano de aposentadoria antecipada podem concorrer a uma da vagas do recém-criado cargo de analista de negócios (Asneg), mas passarão a trabalhar 8 horas diárias, enquanto a jornada dos bancários é de 6 horas.

Até agora a reestruturação já atingiu a Gerel, setor que desenvolve serviços de malote, compensação, compras e engenharia que caiu de 19 para 11 unidades, o Nucac, centrais de análise de crédito, que foram reduzidas de 24 para cinco, além da extinção de 4.284 vagas de caixas.
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