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Pelo menos 5.800 bancários foram envolvidos nas mobilizações nacionais em defesa do emprego, nesta quarta-feira, 28 de maio, na cidade de São Paulo. Agências das ruas 24 de Maio, Barão de Itapetininga, Conselho Crispiniano, Sete de Abril e Praça da República abriram às 11h. Os bancários do Centro Novo da capital paulista atrasaram a abertura de 20 agências, nesta manhã, como parte das manifestações de trabalhadores de todo o Brasil pela redução de jornada de trabalho e pela proteção ao emprego, com adoção de medidas como a ratificação da Convenção 158, que impede dispensas imotivadas.
Funcionários das agências de diversas instituições - Bradesco, Santander, Itaú, Safra, Unibanco, Real ABN, Caixa Federal e HSBC participaram dos atos, bem como do Centro Administrativo Santander (Casa 3), em Santo Amaro, da matriz do Real ABN, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio e da matriz do Safra, na Avenida Paulista. Os bancários centralizaram as mobilizações nas matrizes dos bancos que estão promovendo processos de demissões.
"A convenção 158 irá aumentar a proteção do emprego para todos os trabalhadores. É injustificável que empresas extremamente lucrativas como as do setor financeiro demitam exclusivamente com o objetivo de reduzir custos na folha de pagamento", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
As atividades foram encerradas com um ato na Praça Ramos de Azevedo, com a presença de dirigentes das centrais sindicais. Estão sendo recolhidas centenas de milhares de adesões ao abaixo-assinado pela redução de jornada, que irá ser encaminhado ao Congresso Nacional nos próximos dias.
158 e Redução - A Convenção, norma da Organização Internacional do Trabalho (OIT), um órgão das Nações Unidas, cria barreiras para demissões imotivadas. Já a redução de jornada deve gerar mais de dois milhões de novos empregos, segundo estudos realizados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).