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Bancários exigem transparência, preservação do emprego e de direitos na Nossa Caixa e no BB

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região irá cobrar da direção do Banco do Brasil e dos deputados da Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) que numa eventual venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil a transparência em todas as etapas do processo seja praticada para evitar o clima de insegurança que paira sobre os trabalhadores nos casos de fusões e aquisições.

"Queremos estabelecer com a direção do Banco do Brasil negociações permanentes para garantir compromissos de que não haverá demissões, redução de direitos e nem fechamento de agências bancárias. Cobrar direitos e empregos é uma forma de garantir que o processo não seja prejudicial para os trabalhadores", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

"Vamos exigir também dos deputados que na eventual venda da Nossa Caixa seja considerada a preservação dos empregos e efetivado o compromisso de que o último banco público de São Paulo permaneça exercendo seu papel fundamental de fomentador da economia paulista", reiterou. O dirigente destaca que a concentração do sistema financeiro é prejudicial também para os clientes. A população acaba ficando refém das mesmas taxas e serviços praticados e a concorrência cada vez mais reduzida.

Tentativa antiga de privatização – Não é de hoje que o Sindicato vem denunciando a tentativa do governo do estado de privatizar as estatais paulistas, entre elas a Nossa Caixa. Várias ações para enfraquecer o banco público vêm sendo tomadas sistematicamente.

Após a criação das sete subsidiárias da Nossa Caixa – tentativa mal disfarçada de privatização barrada pelos bancários na Justiça -, o PSDB recorreu ao enfraquecimento do banco, talvez para justificar sua venda. As correções de depósitos judiciais e de poupança de clientes a título de ressarcimento de confiscos decretados por planos econômicos registraram um impacto grande nos lucros. Depois disso, os R$ 2 bilhões retirados pelo governador José Serra para a manutenção da folha de pagamento dos funcionários públicos de São Paulo foram o golpe fatal, já que a amortização do valor foi estabelecida em um prazo pequeno. 
"Lamentavelmente acertamos ao dizer que Serra não cumpriu sua promessa de campanha, quando dizia aos eleitores que queria fortalecer a Nossa Caixa. Fez o contrário, enfraqueceu", destacou Marcolino.

Dados - A Nossa Caixa conta com aproximadamente 15 mil funcionários no Estado de São Paulo, dos quais 6 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. O banco paulista mantém cerca de 150 agências na capital paulista e 50 no estado, duas em Minas Gerais, duas no Paraná, uma em Brasília, uma no Rio de Janeiro e uma em Campo Grande. No Banco do Brasil trabalham aproximadamente 81.500 funcionários em todo o país, sendo 14.800 no Estado de São Paulo e 7.500 na base deste Sindicato. Na capital paulista há cerca de 350 agências do banco federal.

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