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Bancários protestam: Itaú Unibanco esconde lucro e prejudica trabalhadores

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A redução da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) de 2,2 salários para 1,8 salário, apesar de o banco ter dobrado seu lucro ajustado e ter aumentado os bônus dos altos executivos, é o motivo do protesto dos bancários do Itaú Unibanco. Os trabalhadores reivindicam o pagamento da diferença da PLR e cobram a retomada das negociações com a instituição financeira.

Nesta quarta-feira 31 de março, foi a vez de os trabalhadores da região central de São Paulo atrasarem o início das atividades. Cerca de 3.500 bancários participaram dos atos. Vinte e oito agências do Itaú Unibanco, no Centro Velho de São Paulo, abriram para o atendimento ao público às 12h. Já nos centros administrativos da Praça do Patriarca e da Rua Boa Vista, onde os bancários iniciam os trabalhos nas primeiras horas da manhã, o protesto foi encerrado por volta das 10h.

> Veja as fotos (http://www.spbancarios.com.br/noticia.asp?c=14012 ).

“A fusão tem de ser boa para todos, bancos, trabalhadores e clientes. É inadmissível que apenas os bancários fiquem no prejuízo. Para modificar essa situação, exigimos que seja instalado um novo processo de negociação”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

A fusão dos bancos foi anunciada em 3 de novembro de 2008 e, desde então, o enlace tem rendido frutos para as duas empresas, para os altos executivos e acionistas, menos para os bancários. Para se ter idéia de como o “matrimônio” foi bom para esse público, basta verificar que o lucro líquido ajustado subiu de R$ 17 bilhões, em 2008, para R$ 35 bilhões, em 2009. Neste ano, os dividendos dos acionistas aumentaram de 25% para 33% do lucro. E a PLR dos altos executivos entre 2008 e 2009 passou de R$ 121 milhões para R$ 225 milhões.

Revolta – Na contramão desses excelentes resultados, a PLR dos funcionários caiu de 2,2 salários no ano passado para 1,8 salário, num ano em que o banco ganhou com a isenção tributária, que passou de R$ 300 milhões para R$ 500 milhões. “Só esse valor já seria suficiente para pagar a PLR de 2,2 salários para todos diz Luiz Cláudio Marcolino”, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Mobilização - Os bancários do CAU, Ceic, CTO e Paulista também já protestaram contra a diferença na PLR. No dia 24 de março, um casamento lúdico entre Itaú Unibanco foi feito para denunciar a redução do valor e cobrar negociação.

Confira as imagens do “matrimonio” (http://www.spbancarios.com.br/bitau.asp?c=13952).
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