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Ajudar desenvolvimento é água salgada para bancos

Linha fina
Em sua primeira manifestação após anúncio de queda de juros pelo governo federal, bancos dão a entender que não são obrigados a ampliar crédito
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São Paulo – Em sua primeira manifestação oficial após a iniciativa do governo federal contra os elevados juros bancários no Brasil, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) insinuou que as instituições financeiras não podem ser obrigadas a reduzir suas taxas. Para o Sindicato, a postura mostra que não há interesse nas instituições financeiras em contribuir com o desenvolvimento do país.

Os banqueiros usaram uma metáfora para afrontar o governo. Em nota, afirmaram que “você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água”.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, utilizou a mesma metáfora para criticar a postura dos bancos. “O cavalo não está bebendo água porque ela está salgada”, afirma Juvandia, ressaltando que cortar juros pode reduzir a margem de lucro das instituições financeiras. Mas, taxas menores ampliam o acesso ao crédito, movimentando a economia por meio do consumo maior e consequente maior produção, fatores que geram emprego e renda, alimentando o desenvolvimento econômico do país.

Para Juvandia, ao dizer que não podem ser obrigados a “beber água”, ou seja, baixar os juros, os bancos estão demonstrando má vontade em contribuir com o desenvolvimento do país. “Fica parecendo que eles querem ampliação de suas margens de lucro. Nossa posição é que não existe desenvolvimento sem a ampliação dos ganhos para toda a sociedade”, destaca a presidenta do Sindicato.

Combate – A iniciativa do governo federal contra os juros tem como maior arma a redução de juros na Caixa Federal e no Banco do Brasil a fim de fomentar a concorrência e obrigar os bancos privados a fazer o mesmo para que não percam mercado. Em cerca de um mês, já foram seis anúncios, sendo três de cada banco.


Redação – 8/5/2012

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