São Paulo – O Banco Central divulgou nota nesta sexta-feira 25 apontando crescimento na média diária de empréstimos bancários no país, de março para abril. Como já havia antecipado o diretor do BC, Carlos Hamilton Araújo, a média diária subiu 6% no mês passado. Para pessoas físicas o crescimento foi de 8,1% e para pessoas jurídicas, de 4,6%.
Trata-se da primeira avaliação do BC após as quedas nas taxas de juros, iniciadas pelos bancos públicos para estimular a concorrência no setor e, consequentemente, a diminuição dos custos do crédito bancário.
Na nota, a autoridade monetária informou ainda que houve redução do spread (diferença entre o que os bancos gastam na captação de recursos e o que eles cobram para emprestar esses recursos) e da taxa média de juros.
O spread caiu 1,5 ponto percentual em abril, chegando a 26,5 pontos percentuais. Para pessoa física o spread recuou 1,9 p.p., ficando em 33,2 p.p., e para empresas a queda foi de 0,9 ponto, chegando a 17,5 pontos percentuais. E a taxa média de juros teve queda de 2 pontos percentuais, chegando em abril a 35,3% ao ano.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que, apesar da redução, o spread bancário no país continua sendo um dos maiores do mundo. “Os bancos no Brasil continuam praticando um spread elevadíssimo. Houve avanços, mas eles ainda são tímidos”, avaliou, acrescentando que a relação crédito/PIB no país vem subindo, mas continua baixa. Em abril chegou a 49,6%, ainda atrás de muitos países como Chile (86%), África do Sul (145%) e Estados Unidos (202%).
Redação, com informações do O Estado de S.Paulo - 25/5/2012
