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Bancário prejudicado no Itaú deve contatar Sindicato

Linha fina
Reunião entre dirigentes e Relações Sindicais abordou problemas no ITM e CAT. Segundo representantes do banco, gestores foram orientados a tolerar atrasos de poucos minutos. Remuneração por venda, incorporada no salário, será resolvida caso a caso
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São Paulo – Arbitrariedades praticadas no Centro Administrativo ITM, na zona oeste de São Paulo, foram abordadas durante reunião entre dirigentes do Sindicato e a área de Relações Sindicais do Itaú, na terça-feira 20.

Foram debatidos problemas denunciados por funcionários, como intolerância de gestores com atrasos de poucos minutos. De acordo com a dirigente Valeska Pincovai, o banco apresentou respostas que ainda fazem os trabalhadores terem que continuar atentos.

“Expusemos os pontos e o banco apresentou um posicionamento que significa o seguinte: os trabalhadores precisam continuar a denunciar os problemas e o Sindicato deve manter a pressão pela defesa dos direitos”, afirma.

Tolerância com atrasos – Entre as denúncias estava o fato de gestores mandarem para casa funcionários que, eventualmente, chegassem seis ou sete minutos depois do seu horário de entrada. “Numa cidade como São Paulo, com problemas de mobilidade, o banco deve tolerar atrasos mínimos que não justificam a perda do expediente todo”, diz Valeska.

De acordo com a dirigente, representantes do banco informaram que os gestores foram alertados para não fazer o funcionário perder o dia.

Remuneração para licenciados – Outra reclamação era a consideração do período de afastamento por doença no cálculo da remuneração por venda, incorporada aos salários. Trabalhadores questionaram se empregados que tiraram licença ficariam sem receber o acréscimo.

“O banco informou que foi feita uma média de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2014. Se o bancário tirou licença, receber menos é injusto porque ninguém fica doente porque quer. Defendemos um cálculo correto dessa remuneração”, explica a dirigente. A orientação é que os afetados procurem o Sindicato.

“Representantes do banco pediram para que passássemos caso a caso para que fossem revertidos eventuais equívocos. Portanto, quem se sentir prejudicado deve procurar os dirigentes sindicais para que possamos resolver o problema”, orienta Valeska.

Outra reclamação dos funcionários é o fechamento do restaurante da concentração. Os trabalhadores reivindicam reabertura do local para prestação de serviços, mas representantes do Itaú informaram que o restaurante não será reaberto, por motivos administrativos.

CAT – O Centro Administrativo Tatuapé do Itaú também foi pauta da discussão. Falta de segurança e de atendimento emergencial de saúde foram tratados. “Na questão da segurança, exigimos as rondas de moto por empresas de vigilância, além da instalação de câmeras e melhor iluminação no local”, informa a dirigente.

Foram apresentadas as reivindicações e proposta uma reunião com os responsáveis da área de segurança do banco, em data a ser marcada.

Com relação à saúde, a principal demanda dos trabalhadores do CAT, que conta com cerca de 5 mil pessoas, é a disponibilização de ambulância fixa. “Se trata de uma reivindicação antiga dos funcionários, porque, por diversas vezes, o socorro de trabalhadores foi realizado no local, em seus próprios veículos”, explica a dirigente.

O Itaú está implantando um novo projeto de atendimento de saúde nas concentrações, que prevê ambulância fixa por 12 horas no CA Raposo, CEIC, CT (Mooca) e ITM. O banco já é atendido por empresa que presta o serviço de ambulância caso haja necessidade, mas a reivindicação continua a ser ter carros fixos em todos os polos.

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“Nada mais que justo que no CAT também tenha, pois no local há uma quantidade enorme de trabalhadores. Caso haja algum problema pela falta de segurança e atendimento médico de urgência no local, a responsabilidade será do Itaú”, avisa Valeska.


Mariana Castro Alves – 22/5/2014

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