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Bancos aumentam juros cobrados aos clientes

Linha fina
De sete instituições pesquisadas, cinco cobram mais por cheque especial e quatro encarecem o empréstimo pessoal, aponta pesquisa do Procon
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São Paulo - Levantamento feito pela Fundação Procon, de São Paulo, revela que os bancos estão cobrando mais por empréstimos e taxas de cheque especial. A pesquisa, que analisou Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander, em 5 de maio de 2014, mostra que a grande maioria das instituições expandiu as taxas cobradas, nas duas modalidades de crédito.

Cheque especial - Segundo o estudo, dos sete bancos analisados, cinco aumentaram o cheque especial, sendo quatro privados e um público. A instituição que teve a maior variação nos valores dos juros pelo uso do “limite” foi a Caixa Econômica Federal, expansão de 17,44%, em relação à taxa de abril deste ano.

Entretanto, o Santander, cuja variação foi de 1,3%, cobrou mais pelo cheque especial, isto é, 10,89% ao mês. Atrás dele, as taxas mais caras foram do HSBC com 10,57%, Itaú, 9,65%, Bradesco, 9,48%, Safra, 9,2%, Banco do Brasil, 7,95% e Caixa Econômica Federal, com 6,33%, todas ao mês.

São os bancos públicos que ficaram abaixo da média, que foi 9,15%, superior aos 8,95% do mês anterior.

Empréstimo – No quesito empréstimo pessoal, as instituições financeiras também não deram folga aos clientes, ao elevar a média a 5,54% ao mês. Das sete instituições analisadas, quatro – todos privados – aumentaram, representando 8 pontos percentuais a mais que os 5,46%, média registrada em abril.

Assim como no cheque especial, os maiores juros no empréstimo também foram do Santander, que manteve os 6,49%, cobrados no mês anterior.

Os maiores juros nessa modalidade de crédito, depois do banco espanhol, foram cobrados pelo Bradesco com 6,43% ao mês, seguido por Itaú, 6,12%, HSBC, 5,89%, Safra 5,4%, Banco do Brasil, 4,72% e Caixa, com 3,75% de juros ao mês. A maior variação (10,2%) foi do Safra, frente a abril.

A taxa da Selic, utilizada como referência de juros cobrados pelo mercado, teve elevação de 0,25 ponto percentual no início de abril, ao passar de 10,75% a 11% ao ano. A próxima reunião do Copom, Comitê de Política Monetária do Banco Central, que decide a taxa da Selic, com impactos em toda a economia, está programada para 27 e 28 de maio.


Mariana Castro Alves, com informações da Fundação Procon - 12/5/2014
 

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