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São Paulo – Os representantes dos trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) indicaram na manhã de terça 26 que devem suspender a paralisação agendada para quarta 27. Em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, a empresa melhorou a proposta inicial de reajuste salarial de 6,65% para 7,72%, aplicável a todos os benefícios. O desembargador Wilson Fernandes pediu que a CPTM avalie aplicar mais 0,5% somente aos benefícios, para se aproximar do índice sugerido por ele na segunda 25, de 8,25% de reajuste.
“Inicialmente a empresa queria pagar somente a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe. Eu sugeri o IPC mais 1,5% aplicando a todos os benefícios. Hoje eles apresentaram o IPC mais 1%. Eu acho que é possível a empresa colocar esse meio por cento que falta em benefícios como sugeriu o Ministério Público do Trabalho. Se forem concedidos benefícios que não tenham natureza salarial o impacto na folha de pagamento é menor. Então é possível”, defendeu Fernandes.
O desembargador pediu aos trabalhadores para suspender a greve até a reunião de terça-feira 2, às 11h30. “Não me parece prudente ir à paralisação antes de encerrar as negociações. Porque a negociação se encerra e vai para dissídio, o que não é bom para ninguém. Se no dia 2 as coisas não avançarem, aí vocês fazem o que acharem melhor”, afirmou.
Na sexta-feira 22, o próprio Fernandes concedeu uma liminar à CPTM, proibindo a liberação de catracas pelos trabalhadores e determinando um contingente mínimo em operação em caso de greve. Nos horários de pico deve permanecer 90% do efetivo de maquinistas e 70% das demais atividades. E 60% de todos os trabalhadores nos demais horários.
Os ferroviários indicaram a aceitação da proposta feita ontem pelo TRT, de 8,25%, desde que acompanhada pela equiparação dos benefícios – vale-alimentação (VA), vale-refeição (VR) e auxílio-creche – com os metroviários. “É uma proposta muito possível de ser aceita pela categoria”, ponderou o presidente do sindicato da região Sorocabana (linhas 8-Rubi e 9-Esmeralda), Izac de Almeida.
Hoje os ferroviários recebem R$ 600 de vale-refeição e R$ 247 de vale-alimentação. Para efetivar a equiparação como os trabalhadores do Metrô, o VA teria de ser corrigido em cerca de R$ 50 e o VR em R$ 30. A categoria tem assembleia hoje, às 18h30. Como são três sindicatos – Ferroviários de São Paulo, da Zona Sorocabana e da Central do Brasil –, as discussões serão realizadas em locais diferentes.
“Do jeito que a proposta está hoje, não atende o anseio da categoria. Isso não vai ser motivo para suspender a greve. A razão para não fazer a paralisação é a proposta da mesa. Eu acredito que a gente consegue chamar a categoria à razão para entender que pode ser mais interessante aguardar até o dia 2.”, concluiu Almeida.
Metroviários - Também com greve marcada para quarta 27, os trabalhadores do Metrô devem suspender a paralisação. A categoria tem uma nova reunião de negociação no dia 2 e segundo uma fonte próxima à direção, a avaliação é de que paralisar os trabalhos agora impediria qualquer avanço. A assembleia da categoria seria realizada no início da noite de terça 26.
A desembargadora Ivani Contini Bramante, do TRT, propôs, na segunda 25, 8,82% de reajuste, incluindo reposição e um percentual a título de produtividade. O índice total seria aplicado também para vale-refeição, vale-alimentação e participação nos resultados.
Os metroviários reivindicam reajuste salarial de 18,64%. O Metrô ofereceu 7,21%, referente à variação acumulada do IPC-Fipe.
Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual - 26/5/2015
“Inicialmente a empresa queria pagar somente a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe. Eu sugeri o IPC mais 1,5% aplicando a todos os benefícios. Hoje eles apresentaram o IPC mais 1%. Eu acho que é possível a empresa colocar esse meio por cento que falta em benefícios como sugeriu o Ministério Público do Trabalho. Se forem concedidos benefícios que não tenham natureza salarial o impacto na folha de pagamento é menor. Então é possível”, defendeu Fernandes.
O desembargador pediu aos trabalhadores para suspender a greve até a reunião de terça-feira 2, às 11h30. “Não me parece prudente ir à paralisação antes de encerrar as negociações. Porque a negociação se encerra e vai para dissídio, o que não é bom para ninguém. Se no dia 2 as coisas não avançarem, aí vocês fazem o que acharem melhor”, afirmou.
Na sexta-feira 22, o próprio Fernandes concedeu uma liminar à CPTM, proibindo a liberação de catracas pelos trabalhadores e determinando um contingente mínimo em operação em caso de greve. Nos horários de pico deve permanecer 90% do efetivo de maquinistas e 70% das demais atividades. E 60% de todos os trabalhadores nos demais horários.
Os ferroviários indicaram a aceitação da proposta feita ontem pelo TRT, de 8,25%, desde que acompanhada pela equiparação dos benefícios – vale-alimentação (VA), vale-refeição (VR) e auxílio-creche – com os metroviários. “É uma proposta muito possível de ser aceita pela categoria”, ponderou o presidente do sindicato da região Sorocabana (linhas 8-Rubi e 9-Esmeralda), Izac de Almeida.
Hoje os ferroviários recebem R$ 600 de vale-refeição e R$ 247 de vale-alimentação. Para efetivar a equiparação como os trabalhadores do Metrô, o VA teria de ser corrigido em cerca de R$ 50 e o VR em R$ 30. A categoria tem assembleia hoje, às 18h30. Como são três sindicatos – Ferroviários de São Paulo, da Zona Sorocabana e da Central do Brasil –, as discussões serão realizadas em locais diferentes.
“Do jeito que a proposta está hoje, não atende o anseio da categoria. Isso não vai ser motivo para suspender a greve. A razão para não fazer a paralisação é a proposta da mesa. Eu acredito que a gente consegue chamar a categoria à razão para entender que pode ser mais interessante aguardar até o dia 2.”, concluiu Almeida.
Metroviários - Também com greve marcada para quarta 27, os trabalhadores do Metrô devem suspender a paralisação. A categoria tem uma nova reunião de negociação no dia 2 e segundo uma fonte próxima à direção, a avaliação é de que paralisar os trabalhos agora impediria qualquer avanço. A assembleia da categoria seria realizada no início da noite de terça 26.
A desembargadora Ivani Contini Bramante, do TRT, propôs, na segunda 25, 8,82% de reajuste, incluindo reposição e um percentual a título de produtividade. O índice total seria aplicado também para vale-refeição, vale-alimentação e participação nos resultados.
Os metroviários reivindicam reajuste salarial de 18,64%. O Metrô ofereceu 7,21%, referente à variação acumulada do IPC-Fipe.
Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual - 26/5/2015