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São Paulo – O setor bancário eliminou mais 886 empregos em abril deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Até mesmo a Caixa Federal, que costumava apresentar comportamento oposto com criação de vagas, teve saldo negativo: foram 634 vagas a menos. Entre janeiro e abril os bancos cortaram 2.135 empregos, e a Caixa, 977.
Em empresas por todo o Brasil foram eliminadas 98 mil vagas em abril, e 137 mil desde janeiro.
> Mercado formal elimina 98 mil vagas em abril
Apenas os bancos múltiplos com carteira comercial, categoria na qual se enquadram BB, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC, eliminaram 282 empregos em abril (contrataram 2.701 e demitiram 2.983), e 1.245 nos quatro primeiros meses do ano (entraram 9.494 e saíram 10.739).
Uma das razões pode estar no fato de que os novos empregados do setor bancário em abril entraram ganhando em média 61,9% do salário dos demitidos: a remuneração média dos desligados era de R$ 5.896,87, enquanto que a dos contratados foi R$ 3.652,38. Nos quatro meses, essa proporção ficou estável: os salários dos novos contratados era em média 60% do que ganhavam os demitidos.
“É o que vemos no dia a dia e lutamos para mudar: os bancos demitem trabalhadores com mais tempo de casa para engordar ainda mais seus lucros”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva.
> Lucro dos bancos é alimentado pela terceirização
Caixa – O diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa, Dionísio Reis, informa que o grande número de cortes no banco público se explica pelo Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA), lançado em fevereiro. A adesão ao programa, cujas inscrições terminaram em 30 de abril, foi grande. “Já no lançamento do PAA cobramos mais contratações, porque a tendência era que diminuísse mais ainda o número de bancários por unidades. A procura foi muito alta, cerca de 3.500 pessoas se inscreveram. Portanto, continuamos pressionando o banco para que chame os concursados e reponha as vagas extintas.”
> Caixa abre PAA e Sindicato cobra mais contratações
Ele acrescenta que as 2 mil contratações até dezembro, uma conquista da Campanha 2014, já são insuficientes diante do atual quadro. “O banco vai ter de abrir mais vagas porque a situação em algumas unidades está insuportável, com bancários sobrecarregados.”
Na Caixa, o salário médio dos desligados em abril era de R$ 6.935,30 e dos admitidos, R$ 2.757,90. Ou seja, os novos empregados ganham em média 39,8% do que ganhavam os que saíram.
Andréa Ponte Souza – 25/5/2015
Em empresas por todo o Brasil foram eliminadas 98 mil vagas em abril, e 137 mil desde janeiro.
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Apenas os bancos múltiplos com carteira comercial, categoria na qual se enquadram BB, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC, eliminaram 282 empregos em abril (contrataram 2.701 e demitiram 2.983), e 1.245 nos quatro primeiros meses do ano (entraram 9.494 e saíram 10.739).
Uma das razões pode estar no fato de que os novos empregados do setor bancário em abril entraram ganhando em média 61,9% do salário dos demitidos: a remuneração média dos desligados era de R$ 5.896,87, enquanto que a dos contratados foi R$ 3.652,38. Nos quatro meses, essa proporção ficou estável: os salários dos novos contratados era em média 60% do que ganhavam os demitidos.
“É o que vemos no dia a dia e lutamos para mudar: os bancos demitem trabalhadores com mais tempo de casa para engordar ainda mais seus lucros”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva.
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Ele acrescenta que as 2 mil contratações até dezembro, uma conquista da Campanha 2014, já são insuficientes diante do atual quadro. “O banco vai ter de abrir mais vagas porque a situação em algumas unidades está insuportável, com bancários sobrecarregados.”
Na Caixa, o salário médio dos desligados em abril era de R$ 6.935,30 e dos admitidos, R$ 2.757,90. Ou seja, os novos empregados ganham em média 39,8% do que ganhavam os que saíram.
Andréa Ponte Souza – 25/5/2015