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Desenvolve SP demite cipeira sem justa causa

Linha fina
Funcionária integrante da CIPA sofria perseguição por conta das denúncias que fazia dentro da agência
Imagem Destaque
São Paulo – Mesmo com garantia de estabilidade assegurada aos trabalhadores que fazem parte da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), a Desenvolve SP, agência de fomento paulista, demitiu a cipeira Katia Miranda Silva.

O Sindicato entrou em contato com a instituição e na sexta-feira 22 em negociação cobrou  que a funcionária seja reintegrada, o que foi recusado pela agência no dia 25. “A demissão foi sem motivo, sem justa causa, mas os cipeiros têm estabilidade para que possam defender os trabalhadores”, ressaltou Luciano Ramos da Silva, diretor do Sindicato.

A cipeira conta que já vinha sofrendo pressão e perseguição dentro da agência chegando ao ponto de gestores sugerirem aos colegas que não conversassem mais com ela. “Disseram que eu causava desconforto”, relata. “Venho denunciando a pressão que sofremos faz tempo, por conta do estresse entrei em depressão, existem outras pessoas na mesma situação, mas preferiram me demitir em vez de tomar providências e ver o que está acontecendo de errado”, afirma Katia, cujo mandato na Cipa vai até setembro.

Luciano lembrou que apesar do pouco tempo de criação, a Desenvolve SP tem um grande histórico de luta como a organização para que tivessem um Programa de Cargos e Salários (PCS). “Eles já costumam não cumprir os prazos de pagamento das conquistas das campanhas salarias. A Katia era a principal articuladora dos trabalhadores da agência apesar de não ser líder sindical”, apontou. O Sindicato irá adotar medidas legais e ações sindicais para garantir os direitos da trabalhadora.

“No artigo 165 da CLT a estabilidade do cipeiro eleito é garantida. Essa demissão é ilegal, além disso, é um atentado contra os trabalhadores da DesenvolveSP que legitimamente elegeram sua colega para representa-los. O que eles tem a esconder?”, questiona o secretário da Saúde do Sindicato, Dionisio Reis. A lei assegura ainda que a estabilidade se estende até um ano após o término do mandato na comissão.


Luana Arrais – 26/5/2015
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