São Paulo - O governo vai elevar de 15% para 20% a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incidente sobre as instituições financeiras. A medida está prevista na Medida Provisória 675 publicada na sexta-feira 22 no Diário Oficial da União. Estimativas preliminares indicam que a iniciativa pode reforçar o caixa da União em até R$ 4 bilhões.
"Esse é o tipo de 'ajuste fiscal' que defendemos, pois leva a conta para os mais ricos pagarem e não para a classe trabalhadora", afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria. "Os bancos arrecadam bilhões e bilhões todos os anos tirando recursos da sociedade por meio de tarifas caríssimas e juros extorsivos, então nada mais justo que arquem com uma parcela maior do acerto de contas da União", acrescenta.
A parte do 'ajuste fical' que Ivone critica refere-se às MPs 664 e 665, ainda em trâmite no Congresso, que restringem o acesso a direitos trabalhistas, como o seguro desemprego, seguro defeso, abono salarial, etc. "Somos contra essas MPs e a favor de que se cobre os mais ricos, pois quem tem mais deve dar mais para que o país ande nos trilhos", acrescenta.
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Além do aumento da CSLL, os trabalhadores defendem, ainda, a taxação das grandes fortunas, único dos sete impostos previstos da Constituição que ainda não é regulamentado e, portanto, não é cobrado.
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Orçamento - O governo deve anunciar também na sexta 22 um corte no orçamento para 2015, visando o equilíbrio das contas. A expectativa é que fique na casa dos R$ 69 bilhões.
Redação, com informações de Daniel Lima, da Agência Brasil - 22/05/2015
(Atualizado às 15h47)
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Sindicato apoia aumento para 20% na alíquota e lembra que quem tem de bancar o ajuste fiscal é quem tem mais condições
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