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São Paulo – O mercado formal de trabalho chegou a esboçar reação em março, mas no mês passado eliminou quase 98 mil vagas (97.828), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Foi o pior resultado para abril na série histórica, iniciada em 1992. No geral, excluídos meses de dezembro, quando o resultado é sempre negativo, foi o mais fraco desde janeiro de 2009. São 137.004 empregos formais fechados no ano e 263.493 em 12 meses.
Com 1,626 milhão de demissões e 1,528 milhão de contratações no mês, em números arredondados, quase todos os setores cortaram postos de trabalho. A exceção foi a agricultura, com saldo de 8.470 (variação de 0,55%). A indústria de transformação fechou 53.850 vagas (-0,65%), com retração em praticamente todos os segmentos, especialmente em produtos alimentícios/bebidas e material de transporte e metalurgia.
A maior queda percentual (-0,77%) foi apurada na construção civil, que eliminou 23.048 empregos formais. O comércio cortou outros 20.882 (-0,22%), e os serviços – setor que mais criava vagas – fechou 7.530 (-0,04%). Entre as unidades da federação, só não fecharam vagas Acre, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul. Das quase 98 mil vagas fechadas, 44 mil foram do Nordeste e 32 mil, do Sudeste.
Março havia registrado um pequeno saldo, de 19.282 postos de trabalho, dando algum alento de retomada. Mas o resultado de abril tornou-se o terceiro negativo em 2015.No acumulado do ano, o setor de serviços mostra crescimento, com 105.047 empregos com carteira (0,6%), assim como a agricultura, com 4.633 (0,3%), e a administração pública, com 14.374 (1,61%). Fecham vagas o comércio (-142.286), a construção civil (-76.165) e a indústria de transformação (-37.611).
Em 12 meses, até abril, a indústria corta 308.086 vagas, queda de 3,63%. A construção civil elimina 274.690 (-8,42%). O setor de serviço tem saldo de 259.521 (1,5%). Somados os setores, são 20,712 milhões de admissões e 20,975 milhões de demissões.
O estoque de empregos formais do Caged soma 41,068 milhões. Dez anos atrás, eram 26,157 milhões.
Crise - Em entrevista para divulgar os resultados, o ministro Manoel Dias reafirmou que o país vive uma crise política e não econômica, mas há uma campanha para criar uma percepção negativa da conjuntura. "Quem pretende empreender desiste e não contrata, o que se reflete no mercado de trabalho", comentou. Segundo ele, o Portal Mais Emprego, do MTE, ofereceu 700 mil vagas desde o início, com 200 mil preenchidas por quem buscou vagas no sistema. Dias acrescentou que, com o ajuste fiscal, o governo está criando condições de estabilidade, o que permitirá a retomada do emprego.
O ministro disse ainda que a informalidade segue estável no país, sem avançar, ao contrário do que ocorria nos anos 1980 e 1990. "Estamos avançando com nosso programa de combate à informalidade, que busca legalizar 400 mil trabalhadores e elevar a arrecadação em R$ 2,6 bilhões. Temos boas perspectivas de investimentos, que devem ajudar na geração de empregos”, avaliou.
Rede Brasil Atual - 22/5/2015
Com 1,626 milhão de demissões e 1,528 milhão de contratações no mês, em números arredondados, quase todos os setores cortaram postos de trabalho. A exceção foi a agricultura, com saldo de 8.470 (variação de 0,55%). A indústria de transformação fechou 53.850 vagas (-0,65%), com retração em praticamente todos os segmentos, especialmente em produtos alimentícios/bebidas e material de transporte e metalurgia.
A maior queda percentual (-0,77%) foi apurada na construção civil, que eliminou 23.048 empregos formais. O comércio cortou outros 20.882 (-0,22%), e os serviços – setor que mais criava vagas – fechou 7.530 (-0,04%). Entre as unidades da federação, só não fecharam vagas Acre, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul. Das quase 98 mil vagas fechadas, 44 mil foram do Nordeste e 32 mil, do Sudeste.
Março havia registrado um pequeno saldo, de 19.282 postos de trabalho, dando algum alento de retomada. Mas o resultado de abril tornou-se o terceiro negativo em 2015.No acumulado do ano, o setor de serviços mostra crescimento, com 105.047 empregos com carteira (0,6%), assim como a agricultura, com 4.633 (0,3%), e a administração pública, com 14.374 (1,61%). Fecham vagas o comércio (-142.286), a construção civil (-76.165) e a indústria de transformação (-37.611).
Em 12 meses, até abril, a indústria corta 308.086 vagas, queda de 3,63%. A construção civil elimina 274.690 (-8,42%). O setor de serviço tem saldo de 259.521 (1,5%). Somados os setores, são 20,712 milhões de admissões e 20,975 milhões de demissões.
O estoque de empregos formais do Caged soma 41,068 milhões. Dez anos atrás, eram 26,157 milhões.
Crise - Em entrevista para divulgar os resultados, o ministro Manoel Dias reafirmou que o país vive uma crise política e não econômica, mas há uma campanha para criar uma percepção negativa da conjuntura. "Quem pretende empreender desiste e não contrata, o que se reflete no mercado de trabalho", comentou. Segundo ele, o Portal Mais Emprego, do MTE, ofereceu 700 mil vagas desde o início, com 200 mil preenchidas por quem buscou vagas no sistema. Dias acrescentou que, com o ajuste fiscal, o governo está criando condições de estabilidade, o que permitirá a retomada do emprego.
O ministro disse ainda que a informalidade segue estável no país, sem avançar, ao contrário do que ocorria nos anos 1980 e 1990. "Estamos avançando com nosso programa de combate à informalidade, que busca legalizar 400 mil trabalhadores e elevar a arrecadação em R$ 2,6 bilhões. Temos boas perspectivas de investimentos, que devem ajudar na geração de empregos”, avaliou.
Rede Brasil Atual - 22/5/2015