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Paralisação contra terceirização e pelo fim do fator

Linha fina
Trabalhadores param no dia 29 de maio também contra a retirada de direitos e em favor da democracia
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São Paulo - Trabalhadores de todo o Brasil marcaram para o dia 29 de maio uma grande paralisação contra o PL da Terceirização e a retirada de direitos, além da defesa da democracia e pelo fim do fator previdenciário. Haverá, ainda, uma menção especial à luta dos professores brasileiros.

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O PL da Terceirização nasceu e foi aprovado na Câmara como PL 4330. Atualmente no Senado, é chamado de PLC 30. Seja lá qual for o nome, significa o fim da CLT. Trabalhadores registrados serão demitidos para que terceirizados sejam contratados em seu lugar, tendo como consequências o fim do 13º, FGTS, seguro-desemprego, da estabilidade no emprego e férias remuneradas. Mesmo quem é terceirizado hoje sairá prejudicado com o rebaixamento geral de salários e direitos.

“Como não acho que exista vitória sem luta, convoco todos à greve, porque o empregador só entende uma linguagem: quando tira dinheiro do bolso. Não vamos trabalhar para que o Senado retifique a atrocidade que a Câmara cometeu”, disparou Vagner Freitas, presidente de CUT, em audiência pública no Senado.

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Fator Previdenciário - Em meio à pauta negativa da Câmara dos Deputados, ao menos um ponto pode ser comemorado: o resgate da fórmula 85/95 para as aposentadorias, aprovada como uma emenda à Medida Provisória 664. O assunto ainda será apreciado pelo Senado.

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Direitos -  O lado bom da MP 664 acaba no fim do fator. Fora isso, prejudica os trabalhadores, pois muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte. Outra MP ruim para os trabalhadores é a 665, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Parte da política de ajuste fiscal do governo, ambas geram desemprego e recessão. A CUT e o Sindicato defendem a taxação das grandes fortunas como primeiro passo para uma reforma tributária em nosso país.

Democracia - A luta do dia 29 é também em defesa da democracia, especialmente na mídia, que só mostra notícias favoráveis os patrões que, por sua vez, visam cada vez mais lucros às custas dos trabalhadores. É, ainda, contra o preconceito de gênero, raça e etnia, crença, orientação sexual, ideologia política e outras opressões.

Reforma Política - Para o Sindicato e a CUT, corrupção se resolve com reforma política, com a proibição do financiamento empresarial de campanha. Enquanto essa forma de financiamento não for proibida, o sistema político continuará a seguir os interesses das empresas que financiam as campanhas, e não aos interesses do povo.

Professores - No dia da mobilização será lembrado o massacre de professores imposto pela polícia do Paraná, comandada pelo governador Beto Richa (PSDB). O 29 de maio marca um mês do ocorrido. Além dos docentes paranaenses, profissionais de outros estados, como os de São Paulo, governado por Alckmin (PSDB), em greve há mais de dois meses.


Redação - 18/5/2015

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