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Conquista

Acordo de dois anos evita perdas salariais

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Fernando Soares, secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, admitiu que, devido ao acordo fechado na Campanha Nacional dos Bancários de 2016, o governo federal não poderá impor perdas salariais nos bancos públicos
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Foto: Mauricio Morais

São Paulo – O economista Fernando Antônio Soares, secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério do Planejamento, declarou em entrevista ao jornal Correio Braziliense que o governo Temer tem como meta para 2017 reduzir em 20 mil o número de funcionários públicos federais. Para ele, “é preciso reduzir as despesas com pessoal, dado o esforço generalizado do país na contribuição para o ajuste fiscal”.

Entretanto, o secretário admitiu que, em razão do acordo fechado na Campanha Nacional dos Bancários de 2016, o governo federal não poderá promover perdas salariais aos trabalhadores dos bancos públicos.

“Esse governo não tem a menor vergonha de dizer que tem como meta impingir perdas aos trabalhadores. Ao contrário, sentem orgulho disso. Já tínhamos essa avaliação quando fechamos acordo no ano passado para garantir aumento real de 1% neste ano. Certamente os bancários do Banco do Brasil e da Caixa serão os únicos funcionários públicos federais que terão aumento real neste ano”, avalia o presidente da Contraf-CUT, Roberto Von de Osten. “Vemos este mesmo cenário nos bancos privados. Os bancos lucram muito, mas não pensam em valorizar seus funcionários", acrescenta.

Vai ter luta – Está comprovada a importância do acordo de dois anos. Para 2017 já está garantido o aumento real de 1% para salários, piso, PLR, vales alimentação, refeição e todas as demais verbas.

“O avanço veio da grande greve feita pela categoria em 2016 e se mostra fundamental diante dos ataques aos trabalhadores. Mas se o reajuste está acertado, outros direitos e até empregos estão ameaçados“, lembra secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.

“Em março, o governo Temer aprovou a lei da terceirização até para atividades-fim das empresas. Os bancos aplaudiram. Agora querem passar uma reforma trabalhista que, dentre outras aberrações, amplia possibilidades de trabalho temporário e intermitente. Para que as empresas vão contratar se podem arrumar alguém para fazer o serviço somente nos horários de pico?”, questiona a dirigente. “Mais uma vez o setor financeiro comemora, já que saiu dos computadores dos lobistas dos bancos emendas que pioraram muito a reforma trabalhista proposta pelo governo federal”, critica, ressaltanto que a reforma da Previdência também segue a passos largos no Congresso Nacional, praticamente acabando com o direito à aposentadoria.

Por essas e outras, o Sindicato convoca os bancários para a luta. Além de participar das mobilizações promovidas pelo movimento sindical, os bancários podem enviar mensagens aos deputados (bit.ly/DepSP) e senadores (bit.ly/ SenadoBR) protestando contra a retirada de direitos. Confira também os que já votaram contra os trabalhadores e nunca mais vote neles!

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