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Previdência

Na oposição, apoiadores da Reforma da Previdência defenderam mais gastos

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Hoje relator da PEC 287/2016, deputado Arthur Maia (PPS-BA) foi um dos parlamentares que votaram pela flexibilização do fator previdenciário, elevando gastos da Previdência
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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

São Paulo – Deputados que hoje clamam por responsabilidade fiscal para defender a Reforma da Previdência (PEC 287/2016), que na prática enterra aposentadoria pública no Brasil, não eram tão “rigorosos” em relação ao aumento de custos na seguridade social quando faziam oposição ao governo da ex-presidenta Dilma Rousseff. Em 16 de maio de 2015, parte da bancada que hoje integra a base de apoio ao governo Temer ajudou a aprovar uma medida que flexibilizou o fator previdenciário, aumentando os gastos da Previdência.

Um destes parlamentares é Arthur Maia (PPS-BA), que hoje é o relator da PEC 287/2016. Na época no Solidariedade, partido que fazia oposição ao governo Dilma, Maia classificava as propostas do Planalto como "perversidade criminosa" e "pacote de maldades".

Além de Maia, vários deputados que hoje defendem a reforma de Temer também votaram, quando na oposição, contra o ajuste nas contas. É o caso do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do líder do governo, André Moura (PSC-SE), assim como toda a bancada do PSDB, que votou a favor da flexibilização do fator apesar do mesmo ter sido criado por Fernando Henrique Cardoso.

Autor da proposta alternativa ao fator, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) avalia que a mudança de posição dos parlamentares se deve a atual conjuntura política. "O que houve foi mudança de governo. Essas pessoas na época eram oposição e hoje são governo, só isso”, disse o parlamentar a reportagem da Folha de S.Paulo

Mudança - A medida de flexibilização do fator previdenciário permitia que mulheres e homens que atingissem 85 e 95 na soma de idade e tempo de contribuição se aposentassem com benefício integral. A fórmula 85/95 foi vetada por Dilma, mas a ex-presidenta editou nova medida provisória com regra semelhante, com progressão que chegaria até 90/100 em 2027.
 

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