Os movimentos sociais de luta por moradia e os empregados da Caixa realizaram, nesta terça-feira 7, protestos em todo o país contra a interrupção de programas habitacionais por parte do governo Bolsonaro. Em São Paulo, a manifestação – que contou com a União Nacional Por Moradia Popular (UNMP), Central de Movimentos Populares (CMP) e suas filiadas, Frente de Luta por Moradia (FLM) e o Movimento de Moradia Para Todos (MMPT), além do Sindicato dos Bancários de São Paulo, da Contraf-CUT, do Comitê Paulista em Defesa da Caixa e da Apcef-SP – fechou uma das pistas da Avenida Paulista, em frente ao prédio onde está o escritório da Presidência da República, na esquina com a Rua Augusta.
O ato faz parte da Jornada Nacional de Luta por Moradia e defende, entre outras pautas, a continuidade do Minha Casa, Minha Vida - Entidades e do Programa Nacional Habitação Rural.
“Hoje é um dia de luta por moradia, em defesa do Minha Casa, Minha Vida, da habitação popular. Nós do Sindicato temos feito a defesa da Caixa e denunciado o desmonte realizado pelo atual governo. Lembramos que a Caixa financia 90% da moradia popular no país; os 10% que restam cabem ao Banco do Brasil. Os bancos privados não financiam a casa própria para o povo! Nós, empregados da Caixa, estamos na luta junto com os movimentos de luta por moradia do país todo. Sem a Caixa, não vai ter financiamento para habitação popular!", lembra Dionísio Reis, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa).
"Sem a Caixa, não vai ter financiamento para moradia popular!", lembra Dionísio Reis, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa). pic.twitter.com/3Sn2hFoDmV
— Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região (@spbancarios) 7 de maio de 2019
“A força do movimento de luta por moradia é mais uma força para lutar contra a privatização da Caixa, que é o plano do atual governo. Eles pretendem usar todos os recursos para direcionar para quem não precisa. Recurso para emenda parlamentar, para dar aumento para o Judiciário e para os militares tem, mas não para o Minha Casa, Minha Vida, não para a Previdência Social. E essa luta também é nossa, dos empregados da Caixa”, acrescenta o dirigente Leonardo Quadros, da Apcef-SP e da Fetec-CUT/SP.
No ato unificado de movimentos por moradia na Paulista, em frente ao prédio da Presidência, o dirigente Leonardo Quadros, da @apcefsp e da @fetecsp, fala da importância da luta conjunta de movimentos sociais, empregados e população em defesa da Caixa e contra o corte de verbas! pic.twitter.com/i1juG7kwVx
— Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região (@spbancarios) 7 de maio de 2019
Jornada Nacional
Além de São Paulo, os protestos ocorreram em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, João Pessoa, São Luís, Manaus e Goiânia, de acordo com a Rede Brasil Atual.
Segundo a UNMP, são cerca de 12 mil unidades habitacionais em todo o país que já estão com toda a documentação pronta e aguardam apenas a liberação de recursos do governo federal para que as obras sejam iniciadas. "A cada mês o governo publica um decreto ameaçando cancelar ou prorrogando a liberação dos recursos", diz Graça Xavier, coordenadora da UNMP. Ela conta que, só em São Paulo, está prevista a construção de 8 mil unidades para atender famílias com renda média de até R$ 1.800.
Ato realizado em São Paulo por movimentos sociais de luta por moradia e pelos empregados da Caixa contra a interrupção de programas habitacionais por parte do governo Bolsonaro fecha uma das pistas da Avenida Paulista. pic.twitter.com/lVm8Akkc86
— Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região (@spbancarios) 7 de maio de 2019