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Coronavírus: assédio vira método de adesão ao Quero Atender

Linha fina
Sindicato recebeu denúncias de que gestores estão pressionando empregados a aderirem ao Quero Atender; Sindicato orienta que trabalhadores não se inscrevam no programa
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Foto Agência Brasil

O Sindicato tem recebido denúncias de que alguns gestores estão pressionando empregados da Caixa a aderirem ao programa Quero Atender, que nada mais é do que uma forma encontrada pela direção do banco público para desrespeitar o rodízio de bancários em atendimento presencial e também a alegada proporção de 70% dos funcionários em home office e 30% em atendimento presencial. O Sindicato orienta que os empregados não se inscrevam no Quero Atender, priorizando assim a sua saúde e dos seus familiares, além dos seus direitos. 

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“O Quero Atender é uma ideia totalmente estapafúrdia. Era óbvio que, inevitavelmente, se tornaria uma ferramenta de assédio para que os bancários retornassem ao atendimento presencial. Não existe voluntariado em uma relação de trabalho remunerada. Nós vendemos nossa força de trabalho ao banco, não a nossa saúde”, critica a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa, Vivian Sá.

“Quando a pressão não vem do próprio gestor, o programa faz com que o empregado se sinta pressionado por ele mesmo. Ele vê que a situação na agência não está fácil, quer ajudar os colegas, não quer ser visto como alguém que não pensa no “time”, e se inscreve para voltar ao atendimento presencial. Acontece que a responsabilidade pela situação complicada de parte das agências é da própria direção do banco e do governo, que faz questão de não tomar medidas para diminuir aglomerações e ignora a pandemia. A solução é óbvia. Tem que pedir ao governo para inserir os outros entes e equipamentos públicos para a operacionalização do auxílio emergencial. Tem que pedir que o governo divulgue as informações na mídia, tem que pedir que a rede bancária esteja a disposição do povo. Porém, a direção da Caixa só pede aos seus empregados que se exponham mais e mais”, acrescenta. 

De acordo com a dirigente, outra situação absurda é o formulário disponível para o bancário autodeclarar que não faz parte do grupo de risco. "Isso não faz nenhum sentido, nem trabalhista, nem em prol da saúde do trabalhador, nem mesmo jurídico para respaldar o bancário. Ao contrário, só resguarda a empresa. Inclusive, o bancário pode descobrir que faz parte do grupo de risco a qualquer momento, sendo diagnosticado com algo que desconhecia. E aí, como fica?", questiona. 

Vivian orienta que os empregados não se inscrevam no programa Quero Atender e que denunciem ao Sindicato qualquer forma de pressão para que furem o rodízio, uma conquista importante no combate ao coronavirus. 

“Os empregados da Caixa estão dando um verdadeiro exemplo de compromisso com a sociedade, ao contrário do governo federal e da própria direção do banco. Entretanto, não somos voluntários e nem mesmo super-heróis. Somos profissionais assalariados, que merecem ter seus direitos e a sua saúde respeitados. Orientamos ainda que os empregados denunciem qualquer pressão para que furem o rodízio, retornando ao atendimento presencial”, conclui Vivian.

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