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Release: Caixa: descaso do governo desaba sobre bancários

Linha fina
Sindicato reivindica agendamento nas agências e exige que governo agilize os pagamentos do auxílio emergencial
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Os bancários reivindicam proteção para clientes e trabalhadores durante a pandemia. E exige, durante o pagamento do auxílio emergencial na Caixa Econômica, a ampliação das campanhas de comunicação para evitar as filas nas agências bancárias, e maior organização dentro e fora das instituições financeiras

"Desde o início da pandemia, os bancários reivindicam com os bancos que ampliem as campanhas com informações claras para evitar que a população vá às agências sem necessidade e mantenham a organização das filas, para a proteção de todos. É preciso aumentar o número de seguranças desarmados para organizar as filas; ter proteções de acrílico nos caixas e os equipamentos de proteção individual (EPI) para todos empregados, além do agendamento com cronograma de pagamento, respeitando a capacidade de cada agência", disse Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. "A Caixa é somente responsável pela operação do pagamento do auxílio emergencial, ou seja, o atraso está sendo feito pelo governo federal, que promove o desmonte nos bancos públicos, e dificulta ao máximo o pagamento do auxílio para a população, colocando todos em risco de contágio".

 A categoria está mobilizada exigindo que cada bancário tenha condições de trabalho adequadas, especialmente para os que estão na linha de frente do atendimento à população. 

"Os bancários estão dando um verdadeiro exemplo de compromisso com a sociedade, mas é preciso respeitar a jornada dos empregados da Caixa. A descentralização do auxílio emergencial deveria ter sido feita com auxílio dos municípios e também dos demais bancos, públicos e privados", conclui Ivone. 

 

Redução funcionários - O desmonte dos bancos públicos tem se agravado nos últimos quatro anos e é um problema que não afeta somente os trabalhadores, mas toda a população. Isso porque prejudica o financiamento da habitação, agricultura, obras de infraestrutura, projetos de geração de renda e políticas sociais, entre outros.  No país, somente a Caixa reduziu em mais de 13 mil e o Banco do Brasil em mais de 16 mil o número de funcionários desde 2015.

 

 Bancarização - Os bancos deveriam investir mais na sua rede de agências e na contratação de bancários, visto que cerca de 29% da população adulta no Brasil ainda não tem acesso a conta corrente, ou cerca de 45 milhões de brasileiros. As tarifas abusivas cobradas pelo setor talvez expliquem essa situação, além da ausência de agências bancárias em 2.338 municípios, ou 42% do total. Este número vem crescendo desde 2015 quanto 35% dos municípios brasileiros não tinham agência bancária.

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