O Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Apcef/SP e outras entidades sindicais conseguiram reverter o prejuízo que os empregados da Caixa teriam com a curva forçada da GDP, inclusive no pagamento do bônus que foi feito no dia 30 de abril. As entidades cobraram e a Caixa mudou a regra de cálculo que reduzia a GDP de cada empregado.
“Foi uma vitória do movimento sindical junto com os empregados”, destaca a dirigente do Sindicato, Tamara Siqueira.
Entenda o prejuízo financeiro
Os gestores receberam um bônus no dia 30 que considerava a GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas) e o resultado do conquiste da unidade. E como parte da GDP, foi aplicada uma curva forçada que jogava 5% dos empregados para baixo e 5% para cima. Isso fez com que algumas pessoas que estavam com um bom resultado recebessem um valor muito baixo do bônus.
“Nós das entidades sindicas já tínhamos mandado um ofício cobrando a não aplicação dessa curva. Deixamos claro que isso não é um bom método de gestão e só prejudica os empregados”, ressalta Tamara.
Diante da reivindicação do movimento sindical, nessa quinta-feira 5, o banco enviou e-mail informando sobre a mudança da regra: foi estabelecida a retirada da “curva forçada” para limitar os colegas com “Desempenho Superior” (eram até 25%) e incluir obrigatoriamente um percentual mínimo de colegas no desempenho “Não Atende” (eram ao menos 5%). Divulgou-se também que 25% dos colegas seriam classificados no “Desempenho Excelente” (eram até 5%).
Acerto no pagamento do segundo delta
Também no dia 30 foi pago o acerto dos deltas, referentes à promoção por merecimento, e houve empregado que não recebeu o segundo delta. O movimento sindical já cobrou o acerto e o banco prometeu que faria isso.
Tem de ter negociação com empregados
A Gestão de Desempenho de Pessoas e o bônus são imposições da Caixa, uma vez que suas regras não são negociadas com o movimento sindical.
“Nós somos contra as arbitrariedades do banco. O bônus Caixa não é negociado com os trabalhadores, diferentemente da PLR cujos cálculos e regras são acordados nas mesas de negociação das campanhas nacionais da categoria. Assim, a Caixa pode fazer e desfazer as regras, deixando os empregados à mercê dessas mudanças, sem ter como questionar e negociar e dando muita margem para a prática de assédio moral”, afirma Tamara.
A dirigente ressalta ainda que o movimento sindical continuará cobrando a abertura de canal de negociação para discutir GDP, bônus e todos os impactos que têm na vida funcional do empregado.