Até o dia 27 de maio, bancários e bancárias de todo o Brasil, de bancos públicos e privados, podem participar da Consulta Nacional que definirá as reivindicações deste ano. Além de se manifestarem sobre os reajustes e benefícios a serem pleiteados, os bancários poderão opinar sobre a questão tributária nacional.
Em uma das perguntas do formulário, é possível atribuir grau de importância (muito importante, importante, pouco importante, sem importância) para as seguintes propostas:
- Isenção do imposto de renda para quem recebe salário de até R$ 5 mil.
- Ampliação da faixa de isenção do imposto de renda cobrado sobre a PLR.
- Fim da isenção de imposto de renda para lucros e dividendos pagos em geral aos super-ricos.
- Cobrança do imposto sobre grandes fortunas para pessoas físicas com riqueza acima de R$ 10 milhões.
O objetivo do Comando Nacional dos Bancários é ouvir a opinião dos trabalhadores a respeito de um tema tão importante para a categoria e para a classe trabalhadora como um todo.
Em mensagem gravada durante o ato de 1º de Maio, Neiva Ribeiro, presidenta do sindicato, destacou a justiça tributária como uma das bandeiras da entidade. Segundo ela, é necessário tributar os super-ricos e focar a incidência de impostos na renda, e não mais no consumo.
O SP Bancários, juntamente com diversas entidades representativas da classe trabalhadora, apoia as propostas de reforma tributária elaboradas pelo Instituto Justiça Fiscal (IJF). Os principais pontos são:
- Revogar a isenção de impostos sobre lucros, dividendos e juros sobre capital próprio de quem investe em ações (Brasil é o único país do mundo que tem esta isenção) e tributar lucros remetidos ao exterior.
- Aumentar a faixa de isenção de Imposto de Renda para três salários mínimos, beneficiando 10 milhões de pessoas, e criar alíquotas maiores para quem ganha acima de R$ 35 mil mensais (600 mil pessoas).
- Criar o Imposto sobre Grandes Fortunas para quem possui riqueza superior a R$ 10 milhões.
- Aumentar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos e indústrias extrativas minerais.
- Aumentar a alíquota máxima do Imposto sobre Heranças e Doações (ITCMD) de 8% para 30%, estabelecendo percentuais progressivos (nos países da Europa e Estados Unidos este percentual chega a 50%).
E você, como imagina o sistema tributário ideal? Quais mudanças são prioritárias? Participe da Consulta Nacional, deixe sua opinião e torne a campanha nacional dos bancários ainda mais representativa.