No último domingo, 5 de maio, a jornalista Andreza Matais publicou em sua coluna no portal UOL o artigo “Previ dispensa diretores de atestar experiência para vagas milionárias”, no qual ataca diretores-executivos da Previ - entre eles o presidente do fundo de pensão dos bancários do Banco do Brasil, João Fukunaga – questionando o currículo e a capacidade técnica dos mesmos para exercerem cargos em conselhos de empresas nas quais a Previ investe.
O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região presta sua solidariedade aos diretores citados e repudia o tom preconceituoso e classista utilizado pela jornalista ao citar a experiência deles no movimento sindical.
“Ao citar a experiência no movimento sindical dos diretores-executivos e do presidente da Previ, a jornalista notadamente o faz de forma pejorativa, como se irrelevante fosse para o exercício dos cargos. Pensamos exatamente o contrário. João Fukunaga, por exemplo, foi secretário de Assuntos Jurídicos e secretário de Organização e Suporte Administrativo do Sindicato, além de ter coordenado nacionalmente a CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil). Sua trajetória, além de o qualificar tecnicamente, denota de forma inequívoca seu compromisso com os interesses dos associados da Previ”, enfatiza o dirigente do Sindicato e bancário do BB, Antonio Netto.
“Além disso, em tempos nos quais a democracia é ameaçada cotidianamente através da circulação de mentiras, de notícias falsas, em redes sociais, é lamentável e tremendamente irresponsável que um veículo de grande circulação veicule seus conteúdos sem que os fatos sejam devidamente verificados. É tão absurdo que, em determinados trechos, nem mesmo o primeiro nome do presidente da Previ é informado corretamente”, acrescenta.
Resposta da Previ
A Previ se posicionou publicamente sobre o artigo publicado no UOL por meio de nota em seu site (leia na íntegra). Logo no início, o fundo de pensão desmente a tese de que diretores e conselheiros da Previ “não precisam comprovar experiência ou qualificação para atuar em conselhos de empresas onde o fundo de pensão do Banco do Brasil investe”.
“A informação está errada. Os membros da Diretoria Executiva passam por uma série de avaliações para ocupar os seus cargos, assim como pelos ritos de governança da Previ, do patrocinador Banco do Brasil e do órgão fiscalizador, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)”, diz a nota, que acrescenta ainda que a Previ vai além das exigências da Lei 6.404, que rege as sociedades anônimas, na escolha de seus conselheiros.
A Previ ainda informa que os conselheiros indicados nas empresas em que possui participação precisam ser aprovados pelos acionistas das mesmas, por meio da Assembleia Geral Ordinária (AGO), e que em 2024 o fundo de pensão alcançou 94% de sucesso em suas indicações.
“A alta incidência de aprovação dos indicados é um bom sinal do nível de qualidade dos selecionados. Em 2024, a Previ obteve sucesso em 94% do total de assentos em que realizou indicação. Todos os indicados pela Previ obedecem a critérios que vão além dos usuais no mercado, inclusive com a exigência de certificações reconhecidas, como IBGC e ICSS. Questionar os conselheiros indicados é, também, questionar as AGOs”, esclarece a nota.
A nota defende de forma enfática o modelo paritário de todas as instâncias de decisão da Previ – metade indicado pelo patrocinador, o BB, e metade eleita pelos associados – pontuando que os representantes eleitos também são aprovados pela governança da Previ e do órgão regulador, a Previc.
“Ao afirmar que a Diretoria Executiva da Previ não atesta experiência, e que ´A mudança ocorre após questionamentos de que diretores não têm currículo nem mesmo para atuar na própria Previ`, a repórter ignora os critérios de processo seletivo e coloca em xeque a experiência de pessoas que estão exercendo o cargo – com sucesso – na Diretoria Executiva há anos, como os diretores eleitos pelos associados Márcio de Souza (eleito em 2018 e reeleito em 2022), Paula Goto (eleita em 2018 e reeleita em 2022) e Wagner Nascimento (eleito em 2020 e reeleito recentemente, em 2024)”, destaca a Previ em seu posicionamento.
Sobre a gestão do presidente do fundo de pensão, João Fukunaga, indicado para o cargo em 2022 pelo Banco do Brasil, que tomou posse em março de 2023, a nota enfatiza que a Previ iniciou 2024 com o melhor resultado dos últimos 10 anos, com “excelente superávit acumulado", e que o valor dos benefícios pagos também foi recorde, ultrapassando os R$ 16 bilhões.
“A governança paritária faz parte da essência da Previ, que foi fundada há 120 anos por 52 funcionários do Banco do Brasil. A Entidade foi criada da união desses associados, que queriam proteger seus futuros e de seus descendentes. A Previ tem orgulho dos valores de mutualismo, coletividade e associadocentrismo de seus fundadores, que são parte fundamental da Entidade até os dias de hoje. Continuaremos a investir de forma sustentável, colaborando com o desenvolvimento da sociedade e da economia brasileira, sempre tendo como foco a segurança dos nossos associados”, conclui a nota.