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Em protesto na Zona Norte, Sindicato questiona fechamento de agências do Itaú

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Em protesto na Zona Norte, Sindicato questiona fechamento de agências do Itaú

Na manhã de terça-feira (27), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizou um protesto em frente à agência Mandaqui, na Zona Norte da capital paulista, contra o fechamento anunciado pelo Itaú. O encerramento das atividades impactará diretamente os trabalhadores e a população que utiliza os serviços bancários na região.

A manifestação integra uma série de atos que serão organizados pelo Sindicato diante da política de fechamento de unidades físicas adotada pelo banco. Além da agência Mandaqui (6646), outras seis unidades estão com o fechamento previsto para o mês de junho: Jardim Miriam (6507), Cupecê (7214), Barão de Itapetininga (0170), Rua Augusta (0845), Yervant Kissajikian (7472) e Jaguaré (6326).

“Os bancários serão deslocados para outras agências, onde já não há espaço suficiente nem mesmo para sentar. Já os clientes serão obrigados a buscar atendimento em unidades mais distantes. Não vemos justificativa comercial para o encerramento, pois a agência Mandaqui é rentável, entrega resultados e é um polo de atendimento do INSS, recebendo semanalmente entre 200 e 250 aposentados”, explica Adriana Magalhães, dirigente sindical e bancária do Itaú.

Márcia Basqueira, também dirigente sindical e bancária do Itaú, reforça a necessidade de explicações por parte da instituição financeira: “Queremos entender se o Itaú realizou um estudo econômico para embasar a decisão, afinal, a agência foi elevada da categoria bronze para a categoria prata justamente por apresentar bons resultados. Qual a real justificativa para seu fechamento?”

Dirigentes sindicais protestam na Zona Norte denunciando impactos negativos do fechamento de agências

Histórico de desmonte

Somente no primeiro trimestre de 2025, o setor bancário eliminou 1.197 postos de trabalho, sendo 1.111 cortes concentrados no mês de março. No ano de 2024, o Itaú fechou 219 agências físicas em todo o país.

Desde o início das reestruturações decorrentes da fusão entre Itaú e Unibanco, o Sindicato tem atuado contra as demissões e o fechamento de unidades. Nas manifestações e negociações com o banco, a entidade sempre defendeu a implementação de programas de requalificação e a abertura de vagas para realocação dos trabalhadores afetados.

“Com o foco cada vez maior nas agências digitais, o banco vem transferindo muitos funcionários das unidades físicas para esse novo modelo, encerrando locais de trabalho. Mas, nessa equação, o cliente fica de fora. Para onde irão aqueles que não têm acesso à internet ou não dominam o uso de smartphones? A gestão do Itaú adota uma postura que desconsidera sua função social, um compromisso que deveria nortear suas decisões, especialmente por operar sob concessão pública”, conclui Márcia Basqueira.

O Sindicato seguirá acompanhando e denunciando o fechamento de agências, defendendo os empregos, as condições de trabalho e o direito da população a um atendimento bancário acessível e de qualidade. A entidade reforça a importância da mobilização dos trabalhadores e da sociedade diante do avanço das políticas de reestruturação promovidas pelos bancos, que priorizam a rentabilidade em detrimento da função social do sistema financeiro.

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