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Bancos ignoram lei do microcrédito

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Em abril, instituições financeiras disponibilizaram apenas 65% do que exige a legislação
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São Paulo – O microcrédito é uma modalidade de empréstimo que tem como função primária oferecer recursos para pessoas de baixa renda que não têm acesso às formas convencionais – e mais caras – de acesso ao crédito. Tem como característica ser de baixos valores e com juros baratos.

O expoente da modalidade foi o professor Muhammad Yunus, de Bangladesh, idealizador e realizador de uma experiência pioneira de microcrédito que lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 2006. Para ele, a modalidade é dirigida às populações pobres caracterizadas pela absoluta falta de acesso ao crédito: uma política de combate à pobreza.

Os bancos brasileiros, apesar do discurso de responsabilidade social veiculado pelo marketing, não agem nesse sentido. Segundo matéria do Brasil Econômico, o setor não dá a devida atenção ao microcrédito nem quando é obrigado. A Lei 11.110, de 2005, determina que as instituições financeiras devem destinar 2% dos depósitos à vista para a modalidade, mas não o fazem.

Segundo dados do Banco Central, em abril, o total que deveria ser destinado foi de R$ 2,77 bilhões, mas pouco mais de R$ 1,8 bilhão foi utilizado, o equivalente a 65,7% do obrigatório. Esse patamar se mantém o mesmo nos últimos meses. E pior, os R$ 950 milhões que não foram destinados para o microcrédito em abril ficaram parados.

Entre os fatores que dificultam as concessões, de acordo a reportagem do Brasil Econômico, estão a baixa rentabilidade e falta de conhecimento do público residente em comunidades carentes.


Redação, com informações do Brasil Econômico - 19/6/2012

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