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Crédito nos públicos sobem mais do que nos privados

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Pela primeira vez, medição do Banco Central mostra saldo de empréstimos igual a mais de 50% do PIB
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São Paulo – O saldo de crédito oferecido pelos bancos públicos cresceu 2,5% entre abril e maio, segundo dados do Banco Central, mais que o dobro do registrado nas empresas privadas, onde a expansão foi de 1%.

O estudo, divulgado na terça 26, vem na esteira da forte campanha de redução de juros promovida pelo governo federal desde abril, por meio do Banco do Brasil e da Caixa Federal. Os privados, apesar de também anunciarem reduções, foram mais modestos.

E a diferença deve aumentar. Na mesma nota, o Banco Central informa que espera crescimento de 21% nas concessões feitas pelos bancos públicos. Inicialmente, esperava-se aumento de 19%. Já nos privados, a expectativa é de crescimento de 10%, menor do que os 12% previstos anteriormente.

A tendência já foi registrada em maio, com aumento de 0,4 ponto percentual nos públicos em relação a abril e redução de 0,2% nos privados, no mesmo período.

Barreira – O levantamento mostra ainda que, pela primeira vez, o saldo total oferecido pelo sistema financeiro nacional foi maior do que a metade do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro: 50,1%. A projeção para essa relação até o fim de 2012 subiu de 51% para 52%, principalmente porque o BC revisou para baixo sua expectativa para o PIB.

Medido em 12 meses até maio, o crescimento foi de 18,3%, taxa praticamente sem variação com o registro do mês anterior. O BC espera que o crescimento fique em 15% no ano.

Juros – A taxa média de juros caiu em maio, segundo os dados do mesmo Banco Central, ficando em 32,9% ao ano contra 35,1% ao ano de abril. É a mais baixa da série histórica do BC, iniciada em junho de 2000.

As famílias pagaram taxa média de juros de 38,8%, em maio, com queda de 3 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Esse também é o menor nível da série histórica, iniciada em julho de 1994. No caso das empresas, a taxa média de juros caiu 1,3 ponto percentual de abril para maio, ao ficar em 25% ao ano.


Redação, com informações do Valor e da Folha de S.Paulo – 26/6/2012

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