São Paulo – A direção da Caixa Federal adiou para 30 de agosto o prazo para a inscrição de candidatos para representar os trabalhadores no Conselho de Administração da empresa. O período para os empregados terminava nesta sexta 7.
Na avaliação da presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, o adiamento demonstra que a instituição financeira começa a perceber que cometeu um grande erro na condução desse processo. “Estamos impetrando com medidas jurídicas para que tudo seja suspenso. A direção do banco desrespeitou a legislação e iniciou o pleito sem encerrar as negociações com o movimento sindical”, afirma.
Entre as ilegalidades cometidas pelo banco está o descumprimento do artigo 2º ítem 1º da portaria nº 26 que regulamenta a Lei nº 12.353 de 28 de dezembro de 2010 que estabelece: “O representante dos trabalhadores será escolhido dentre os empregados ativos da empresa pública ou sociedade de economia mista, pelo voto direto de seus pares, em eleição organizada pela empresa em conjunto com as entidades sindicais que os representem.”
A Caixa marcou a eleição sem concluir as negociações com a Comissão Executiva dos Empregados e constituiu uma Comissão Eleitoral sem representante do movimento sindical.
O principal motivo dos trabalhadores em não concordar com o pleito foi o fato de a empresa ter colocado barreiras para as candidaturas, o que exclui cerca de 80% do quadro de trabalhadores. Entre os pré-requisitos para o candidato, impostos pelo banco, está: ser graduado em curso superior e ter exercido cargos gerenciais nos últimos cinco anos ou ter ocupado cargos relevantes em órgãos ou entidades da administração pública por, no mínimo, dois anos.
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