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Câmara de Osasco debate PL da Terceirização

Linha fina
Audiência pública reuniu vereadores e representantes dos trabalhadores para discutir riscos do projeto
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São Paulo – Os vereadores de Osasco, junto com representantes de movimentos sindicais e sociais, debateram em audiência pública na sexta-feira 29 o PL da Terceirização, já aprovado na Câmara dos Deputados e que agora aguarda votação no Senado sob o nome de PLC 30/2015. O projeto libera a terceirização irrestrita, inclusive para as atividades-fim das empresas.

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A audiência foi uma iniciativa do vereador Valdir Roque (PT) em conjunto a bancada petista na Câmara Municipal de Osasco. Também fizeram parte da mesa diretora o vereador Aluisio Pinheiro (PT); o presidente  do Cissor (Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade), José Elias de Góis; o coordenador da CUT na região de Osasco, Valdir Fernandes “Tafarel”; e o diretor do Sindicato Alexandre Bertazzo.

Ao abrir os trabalhos, Valdir Roque relacionou alguns fatos sobre o trabalho terceirizado. “Segundo o Dieese, os trabalhadores terceirizados ganham 27% menos que os contratados diretos e trabalham três horas a mais por semana. Além disso, de cada dez acidentes de trabalho, oito envolvem terceirizados”, comentou.

Para o diretor do Sindicato Alexandre Bertazzo, iniciativas como a da Câmara Municipal de Osasco são de grande importância para esclarecer os riscos do PL da Terceirização. “A discussão sobre esse projeto é muito importante. Precisamos ampliar o debate na sociedade. Um dos caminhos é justamente a casa do povo. Esta conversa não pode partir somente do movimento sindical, mas também dos políticos”, afirmou.

Bertazzo lembrou que, se aprovado, o projeto trará apenas prejuízos aos trabalhadores. “Todos sabem que os grandes empresários e banqueiros querem é diminuir seus custos. Qualquer trabalhador terceirizado tem uma redução média de 25% no seu salário. Na categoria bancária, os terceirizados ganham até 70% menos fazendo o mesmo trabalho”.

O dirigente do Sindicato Daniel Reis também participou da audiência e afirmou que, além da terceirização, o interesse do empresariado é transformar os trabalhadores responsáveis por atividades-fim em pessoas jurídicas.

“Se a proposta for aprovada no Senado nós estaremos discutindo a ‘quarteirização’ do trabalhador. As grandes empresas vão transformar o trabalhador que faz atividade-fim em pessoa jurídica. Se isso acontecer, ele perde o acesso a férias, 13º, final de semana remunerado e outros direitos”, avalia.  

Depois que os membros da mesa diretora fizeram uso da palavra, o vereador Valdir Roque abriu o microfone para o público e leu alguns comentários das pessoas que acompanhavam a audiência pela internet. Todos foram unânimes em condenar o PL da Terceirização, apelidado de PL da Precarização pelos presentes.  


Felipe Rousselet – 1º/6/2015
 
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