Pular para o conteúdo principal

Luta por direitos lota a Praça da República

Linha fina
Ato unificado dos trabalhadores fechou Dia Nacional de Paralisação e Manifestações Rumo à Greve Geral
Imagem Destaque

São Paulo - A Praça da República, no centro de São Paulo, foi palco de um grande ato unificado das centrais sindicais, movimentos sociais e da juventude na sexta 29, Dia Nacional de Paralisação e Manifestações Rumo à Greve Geral. A manifestação encerrou o dia de luta contra o PL da Terceirização e as MPs 664 e 665, que precarizam o emprego e restringem direitos dos trabalhadores; em defesa do fim do fator previdenciário e pela adoção da fórmula 85/95 nas aposentadorias; além de uma reforma política real, que acabe com o financiamento privado de campanhas.

> Bancários param contra retirada de direitos
> Paralisações se alastram por todo o país

O ato teve início por volta das 17h30 e recebeu o importante reforço dos professores da rede estadual de ensino, que marcharam do vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), onde em assembleia decidiram pela continuidade da greve da categoria, e se juntaram aos trabalhadores e ativistas reunidos na Praça da República.

“Os professores não estão sozinhos na luta (...) Em todos os estados tivemos paralisações para enfrentar a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) tem uma posição clara. Venham de onde vierem, sejam as medidas provisórias, seja o PL 4330 [PL da Terceirização], ressuscitado por este Congresso que é o mais reacionário desde a ditadura, seja o ataque cotidiano aos nossos direitos por governadores como Alckmin e Richa, do Paraná, a CUT tem o lema de que no direito do trabalhador não se recua um milímetro”, afirmou o diretor executivo da central sindical, Júlio Turra. “Se a resposta não vem do Congresso, ela virá das ruas”, acrescenta.

Também representados no ato, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) destacaram a importância da unidade entre os diversos movimentos sindicais e sociais para fazer frente aos que desejam retirar direitos trabalhistas conquistados em décadas de luta e mobilização.

“Estamos vivendo uma grande ofensiva contra o direito dos trabalhadores e o instrumento principal é o congresso brasileiro, que está sendo privatizado. A direita está agindo em várias frentes e nós não podemos nos pulverizar. Temos que construir uma grande unidade, uma força única contra a ofensiva conservadora”, destacou o representante do MST Raul Amorim.

O ato foi encerrado com a certeza de que todos os presentes, e milhares de outros que se mobilizaram em todo o Brasil, compartilham do mesmo sentimento de luta. “Os trabalhadores não vão pagar com seus empregos, com seus direitos, por qualquer tipo de crise que exista no país. Se houver crise, quem vai pagar são aqueles do andar de cima. Os empresários, os grandes latifundiários e o sistema financeiro. Se continuar a pauta de retirada de direitos, nós vamos construir uma grande greve geral neste país”, declarou o professor Douglas Izzo, vice-presidente da CUT São Paulo e diretor executivo da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

Leia mais
> Professores acorrentados contra descaso de Alckmin


Felipe Rousselet – 1º/6/2015

seja socio