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São Paulo – Um acordo envolvendo prorrogação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), manutenção de cláusulas econômicas (reajuste e participação nos lucros ou resultados) e pacote de demissões voluntárias foi aprovado na terça 28 pelos trabalhadores da Ford, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O Sindicato dos Metalúrgicos informa que a proposta, negociada durante mais de dois meses, evita aproximadamente 850 dispensas e, após o voluntariado, garante estabilidade no emprego até janeiro de 2018. A fábrica tem 3,8 mil funcionários.
Segundo o sindicato, até setembro os metalúrgicos serão treinados para que possam trabalhar nas duas áreas de montagem final (carros e caminhões). Para isso, o PPE será renovado por três meses. A partir de outubro, será implementado o novo sistema, com produção de segunda a sexta-feira, o que deve causar excedente de aproximadamente 850 funcionários. Com isso, será iniciado novo período de lay-off (suspensão dos contratos de trabalho) para 450 empregados e abertura de um programa de demissões voluntárias (PDV) com meta de 400, sendo 300 na produção e 100 do setor administrativo. Depois disso, o acordo prevê estabilidade até o início de 2018.
"Conseguimos tirar o fantasma das demissões sumárias que pairava sobre a fábrica desde que a direção nos informou que não pretendia renovar o PPE", afirmou o presidente do sindicato, Rafael Marques, que é funcionário na montadora há quase 30 anos – entrou em dezembro de 1986. "O acordo vai dar conta de gerir o excedente nesse cenário de crise econômica, que tem impactado profundamente o setor automotivo, preservando os empregos e abrindo espaço para a discussão do futuro da planta."
Segundo ele, a situação do setor automobilístico continua difícil. "As análises de mercado indicam que teremos uma recuperação muito lenta se nenhuma medida de estímulo muito forte for feita pelo governo. A capacidade instalada é muito superior à demanda hoje e, por isso, a importância do acordo", afirmou, informando ainda que a Ford vai diminuir seu programa de produção anual em São Bernardo.
Rede Brasil Atual - 29/6/2016
Segundo o sindicato, até setembro os metalúrgicos serão treinados para que possam trabalhar nas duas áreas de montagem final (carros e caminhões). Para isso, o PPE será renovado por três meses. A partir de outubro, será implementado o novo sistema, com produção de segunda a sexta-feira, o que deve causar excedente de aproximadamente 850 funcionários. Com isso, será iniciado novo período de lay-off (suspensão dos contratos de trabalho) para 450 empregados e abertura de um programa de demissões voluntárias (PDV) com meta de 400, sendo 300 na produção e 100 do setor administrativo. Depois disso, o acordo prevê estabilidade até o início de 2018.
"Conseguimos tirar o fantasma das demissões sumárias que pairava sobre a fábrica desde que a direção nos informou que não pretendia renovar o PPE", afirmou o presidente do sindicato, Rafael Marques, que é funcionário na montadora há quase 30 anos – entrou em dezembro de 1986. "O acordo vai dar conta de gerir o excedente nesse cenário de crise econômica, que tem impactado profundamente o setor automotivo, preservando os empregos e abrindo espaço para a discussão do futuro da planta."
Segundo ele, a situação do setor automobilístico continua difícil. "As análises de mercado indicam que teremos uma recuperação muito lenta se nenhuma medida de estímulo muito forte for feita pelo governo. A capacidade instalada é muito superior à demanda hoje e, por isso, a importância do acordo", afirmou, informando ainda que a Ford vai diminuir seu programa de produção anual em São Bernardo.
Rede Brasil Atual - 29/6/2016