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Sem respostas, Santander desrespeita trabalhadores

Linha fina
Mesmo de posse da pauta há 19 dias, banco não apresentou nenhum retorno às reinvindicações dos trabalhadores para renovação do acordo aditivo
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São Paulo – Chegar à mesa de negociação do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) sem nenhuma resposta às reivindicações dos trabalhadores. Esta foi a lamentável postura adotada pelo Santander na segunda rodada de negociações, realizada na quarta-feira 1.

“É um total desrespeito com os trabalhadores. O banco já recebeu a pauta de reivindicações há 19 dias. Seus representantes ainda tentaram justificar a ausência de respostas com ‘problemas internos’, mas é um absurdo que uma instituição como o Santander venha para uma mesa de negociação sem o mínimo preparo para debater as questões levantadas pelos bancários”, critica a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE Santander (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Rosani.

“Essa pauta não é novidade. A maioria das reivindicações já foi debatida no Comitê de Relações Trabalhistas. Apresentamos questões importantes como a melhoria das condições de trabalho, revisão da política de metas e avaliação de desempenho, licença remunerada para a mulher vítima de violência, empréstimo de férias parcelado, mudanças nas regras do convênio médico, entre outras. O banco não pode tratar tais temas com indiferença”, acrescenta o diretor do Sindicato e presidente da Afubesp, Camilo Fernandes dos Santos.

Para os dirigentes sindicais, apesar da postura desrespeitosa do Santander, a segunda rodada de negociações foi importante para fazer a defesa e destacar a importância de cada uma das cláusulas propostas para a renovação do acordo. “Pelo que o Brasil representa para o lucro mundial do Santander, cobramos que os bancários brasileiros tenham o mesmo respeito e valorização que os trabalhadores da matriz do banco, na Espanha”, enfatiza Rosani.

Nova rodada de negociação está marcada para 8 de junho. “Esperamos que, dessa vez, o Santander finalmente apresente respostas concretas e positivas para as justas reivindicações dos funcionários”, conclui a coordenadora da COE Santander.


Felipe Rousselet – 2/6/2016
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