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Sindicato cobra mais contratações do Itaú

Linha fina
Representantes dos trabalhadores também reivindicaram, em negociação, aprimoramento do Centro de Realocação de funcionários para evitar demissões
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São Paulo – Agências e departamentos com falta de funcionários, trabalhadores tensos com receio de demissão foram algumas das denúncias apresentadas pela COE (Comissão de Organização dos Empregados) à direção do Itaú em negociação específica sobre emprego, realizada na terça-feira 21.

Para ter noção da seriedade do problema, basta averiguar o balanço do banco do primeiro trimestre deste ano: em 12 meses foram eliminados 2.902 postos de trabalho.

Os dirigentes sindicais enfatizaram a necessidade de cessarem as demissões e da contratação de mais funcionários, principalmente para as agências. “Há locais com pouquíssimos bancários. Isso sobrecarrega os trabalhadores e os deixa sujeitos a adoecimento, além de comprometer o atendimento à população”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Marida da Silva.

Os representantes do Itaú afirmaram que muitos saíram por pedido de demissão, que está havendo redução no “turn over” e que muitas pessoas foram para outros setores por meio do Centro de Realocação.

“O turn over tem como finalidade apenas e tão somente a redução de salários das pessoas, dispensando mais antigos e ‘trocando’ por mais novos”, afirma Ivone. “Já o Centro de Realocação deve ser aprimorado e ter como objetivo principal evitar demissões. Se isso ocorresse, com certeza não haveriam tantos cortes nos últimos meses.”

A COE também reivindicou o fim das demissões por justa causa, muitas delas reflexo da política desumana de cobrança de metas e do assédio moral. “Nesse caso, também alertamos as pessoas a não aceitarem pressão que desobedeçam normas do banco que provoquem esse tipo de dispensa. Se isso ocorrer, elas devem denunciar”, afirma o dirigente sindical Jair Alves, que também participou da negociação.

O Itaú ficou de analisar e se posicionar também sobre outras duas reivindicações dos trabalhadores. Uma delas é em função de o bancário receber advertência por motivos considerados banais – como ficar alguns minutos a mais no local de trabalho após assinalar o fim da jornada – e que têm gerado demissões.

A outra diz respeito à transferência unilateral de bancários para locais distantes de suas residências. Essa situação gera transtornos no convívio familiar e para quem estuda.

Atec – Haverá nova reunião específica para tratar das demissões na Atec (Área de Tecnologia).


Jair Rosa – 21/6/2016
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