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Chapéu
Balanço

Lucro da Caixa tem aumento expressivo

Linha fina
Banco público lucrou R$ 3,920 bilhões no primeiro trimestre de 2019, um crescimento de 22,9% em relação ao mesmo período do ano passado
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Foto: Anju / Arquivo / Seeb-SP

O balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal revela que o banco público teve um crescimento no lucro líquido de 22,9% no primeiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado, registrando R$ 3,92 bilhões. Segundo a Caixa, o aumento do lucro foi gerado, principalmente, pela estabilidade da margem financeira; pela redução de 24,4% nas despesas de provisão para devedores duvidosos (PDD) – uma reserva de valores feita pela empresa para cobrir possíveis inadimplências – e pelo aumento de 2,3% nas receitas de prestação de serviços. A rentabilidade permaneceu em 15,8%, percentual igual ao mesmo período de 2018.

Menos empregados

Mesmo com lucro nas alturas, o banco reduz o número de empregados. A Caixa extinguiu 1.508 postos de trabalho em um ano (na comparação com o primeiro trimestre de 2018), e fechou março com 84.826 empregados.

E o novo PDVE, lançado em 17 de maio, mostra que a Caixa vai reduzir mais ainda os postos de trabalho: a expectativa é de atingir 3.500 trabalhadores. 

No primeiro trimestre de 2018 ainda foram fechadas 14 agências, 26 lotéricos e 971 correspondentes Caixa Aqui.

As despesas de pessoal, considerando-se a PLR, apresentaram expansão de 11,7%, atingindo R$ 6,3 bilhões, impactadas pelo aumento das indenizações trabalhistas (86,3%) relativas aos planos de desligamento voluntário no período. Em contrapartida, houve aumento de 9,6 milhões de novos clientes.

“A Caixa tem aumentado seu lucro à custa do enxugamento do banco e com o aumento de tarifas, criando sérias consequências para sua competitividade e posicionando a marca sabe-se lá pra onde. A Caixa é patrimônio do povo brasileiro e toda decisão deve ser pensada sob essa ótica. Essa busca incessante por alta lucratividade, com perda de mercado, sobrecarga de trabalho, aumento do adoecimento dos trabalhadores, altos custos para o povo, vale a pena? É isso que queremos enquanto cidadãos, donos da Caixa?”, criticou a dirigente sindical Vivian Sá.

No trimestre, as receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias cresceram 2,3% em relação ao mesmo período de 2018, totalizando R$ 6,5 bilhões. Com isso a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 103,9%.

Outros números

A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 685,8 bilhões, com queda de 2% em doze meses, e de 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2018. A Carteira Comercial Pessoa Física (PF) teve queda de 10,7% em doze meses, atingindo, aproximadamente, R$ 81,1 bilhões. A Carteira Comercial Pessoa Jurídica (PJ), apresentou queda maior (-28,2%), somando R$ 47,0 bilhões, principalmente para a queda de 40% da carteira para grandes empresas. O crédito imobiliário cresceu 3,3%, num total de R$ 447,4 bilhões, e a carteira de infraestrutura cresceu 1,3%, totalizando R$ 83,7 bilhões. As variações estão de acordo à estratégia de reforçar a atuação em crédito imobiliário, infraestrutura, microcrédito, consignado e cartão consignado, segundo o banco. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,47%, com redução de 0,44 pontos percentuais.

 

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