O Sindicato e a Contraf-CUT cobraram da Caixa a imediata suspensão da reestruturação do banco anunciada na segunda-feira 3 por Pedro Guimarães. Em ofício enviado ao presidente do banco, na terça-feira 4, ambas as entidades alegam, entre outros pontos, ausência de negociação da Caixa com os representantes dos empregados. Segundo o anúncio, todos os bancários sem função da matriz e filiais, vinculados a algumas vice-presidências, o que corresponde a um pouco mais de 800 trabalhadores, serão transferidos para agências.
Na opinião do Sindicato e da Contraf-CUT, a medida, unilateral, fere o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2018/2020 e não resolve a carência de pessoal nas agências. Para as entidades, a decisão, junto com o Plano de Demissão Voluntária (PDV), pode criar uma sobrecarga maior nas áreas meio.
“A CAIXA foi categórica de que todos os empregados sem função, que historicamente eram lotados 'fora das agências', seriam transferidos, apenas concedendo prazo irrisório para o empregado optar por qual agência teria interesse. Ademais, recebemos denúncias que tais transferências têm cunho discriminatório, bem como não observaram as limitações constante em editais de concurso”, informa trecho do ofício.
“A transferência arbitrária desses empregados pela CAIXA não foi debatida com a mesa permanente de negociação, ocorrendo descumprimento da cláusula 48, parágrafo terceiro do ACT 2018/2020. Assim, requer a imediata audiência com a Direção do banco para tratar a respeito e resguardar os direitos dos empregados, enquanto não ocorrerem as negociações, cabe a imediata suspensão da implementação”, informa ainda o documento.