Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Banco Original demitiu, arbitrariamente e sem acordo com o Sindicato, cerca de 200 trabalhadores. Ao mesmo tempo, patrocinou, em abril, sete lives de atrações milionárias, entre elas as duplas sertanejas Fernando e Sorocaba e Henrique e Juliano e o cantor de pagode Thiaguinho.
"Os bancários e os clientes com certeza curtiram as lives, mas os pais e mães de familia que ficaram sem emprego estão ressentidos, e com razão, das tomadas de decisão da direção do Original. Muito dinheiro para artistas ricos e consagrados e demissão em massa e desalento para trabalhadores que contribuiram para o lucro e o sucesso do banco, em um momento de pandemia, é uma atitude muito cruel", enfatiza a dirigente Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato.
"O Banco Original sequer respondeu a um oficío do Sindicato que questionava estas demissões e chamava para negociar. Há soluções, entre elas a redução de jornada e de salário, como preveem as MPs do governo, mas o Original continua irredutível. Nas redes sociais, o banco tenta justificar as demissões como "pequenos ajustes" necessários, e internamente, diz que voltará a contratar quando a situação economica melhorar, mas já avisou a equipe que todos devem se esforçar muito para dar conta do trabalho dos que saíram, segundo relatos dos trabalhadores", complementa.
Na sexta-feira 12, o Sindicato realizou uma reunião virtual para ouvir e auxiliar em relação aos próximos passos os trabalhadores demitidos pelo Original. "A demissão foi feita por WhatsApp, sem qualquer argumento. Estou muito sem chão. É uma incerteza muito grande. Todos estão emocionalmente perturbados com tanta notícia ruim. Eu tenho filho pequeno e isso aconteceu tão repentinamente", relatou, na ocasião, uma trabalhadora.
"O Banco Original pertence a um grupo grande, banca lives, tem camarote em uma arena multiuso na zona oeste de São Paulo e preferiu dispensar trabalhadores dedicados ao invés de buscar outras alternativas para os problemas financeiros advindos da crise sanitária, econômica e política que o país enfrenta. O Sindicato não ignora a complexidade da conjuntura que enfrentamos, mas não podemos aceitar que a primeira alternativa seja descartar trabalhadores que terão muito mais dificuldade de enfrentar a crise do que os bancos, que receberam vultuosos recursos do governo federal", finaliza Neiva.
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