O Itaú Unibanco obteve o primeiro lugar no Great Place to Work, uma certificação internacional que atesta os melhores lugares para se trabalhar. Esse selo é amplamente divulgado pelas empresas e usado como instrumento de atração de trabalhadores no LinkedIn.
Mas no mundo real não é isso que bancários estão vivendo no banco. A cobrança exacerbada das metas vem acompanhada de assédio moral, afastando diversos trabalhadores por problemas de saúde mental, como depressão, síndrome do pânico e burnout.
Nas agências físicas do novo modelo "Espaço Itaú de Negócios", soma-se ao problema das metas, a ausência de vigilantes e de porta giratória, criando um clima de medo entre os bancários, que ficam vulneráveis a assaltos e outras situações de risco.
"Um ambiente de trabalho Great Place to Work é construído com respeito aos trabalhadores, sem adoecimentos e com segurança para o trabalho diário. O Itaú tem condições de oferecer isso a seus funcionários e vamos cobrar até que a situação mude", afirma Edegar Faria, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancário do Itaú.
#QueremosGPTWnoMundoReal
O Sindicato vem comunicando o Itaú sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores nas agências físicas e digitais, e cobra uma ação imediata para que essas situações sejam resolvidas. Mas diante da falta de resposta positiva do banco, a entidade promoveu protestos nesta segunda-feira 5, em agências da Zona Leste. As ações foram o lançamento da campanha #QueremosGPTWnoMundoReal.
“Visitamos agências da Zona Leste, conversando com os bancários sobre os problemas enfrentados nos locais de trabalho. Com as ações da campanha, estamos reivindicando um ambiente realmente Great Place to Work no banco”, destaca Edegar. “Novas atividades serão realizadas ao longo dessa e das próximas semanas”, acrescenta.
Denuncie assédio ao Sindicato
O Sindicato tem um canal de denúncia que garante apuração do problema denunciado e sigilo absoluto da identidade do denunciante. O trabalhador que se sentir assediado, pressionado ou ameaçado deve acessar o canal e denunciar (clique aqui).
O trabalhador também pode entrar em contato com o Sindicato através da Central de Atendimento, por meio de chat, e-mail, whatsapp ou pelo telefone 3188-5200.